O apoio dos Estados-membros surge na sequência das conversações já em curso com o vice primeiro ministro ucraniano Mykhailo Fedorov, que tem recorrido ao Twitter para pedir ajuda na área das telecomunicações e TI e sanções por parte das tecnológicas à Rússia, e que já conseguiu a atenção de Elon Musk que forneceu equipamentos e acesso à rede de satélites Starlink.
"O principal objetivo é permitir que as autoridades governamentais continuem o seu trabalho, nomeadamente através do fornecimento de equipamento informático necessário para a continuação do normal funcionamento do governo ucraniano, e para manter os serviços de telecomunicações do país operacionais", explica o comunicado do Conselho da União Europeia, adiantando que os esforços de cooperação vão ser coordenados pela presidência francesa que este semestre lidera o Conselho da UE.
Os ministros apelaram às empresas do setor privado que estão em condições de fornecer esses equipamentos para mostrarem a sua solidariedade e para coordenar estreitamente com os governos as ações.
O combate à desinformação foi também sublinhado como premente, em especial neste contexto. "As plataformas online, em particular as empresas de redes sociais, têm um papel decisivo a desempenhar nesta área", refere a mesma fonte.
Uma declaração política adotada por unanimidade pelos 27 ministros pede às empresas de tecnologia que tomem medidas voluntárias adicionais para combater a desinformação online e a manipulação da informação.
Os ataques informáticos à Ucrânia precederam a invasão do exército russo e desde janeiro que as infraestruturas críticas estão a ser atacadas. No terreno são também as antenas de telecomunicações um dos alvos dos militares, procurando bloquear o sinal de telefone e de TV.
"A crise que estamos a enfrentar juntos significa que devemos agir mais rapidamente para concretizar a nossa agenda de segurança cibernética e aumentar a resiliência geral dos nossos sistemas e redes. É fundamental para a nossa soberania, segurança e autonomia estratégica", afirmou Cédric O, ministro francês para a transição digital.
Uma declaração específica relativa aos desafios da cibersegurança foi também adotada, pedindo que os Organismo de Reguladores Europeus de Comunicações Eletrônicas (BEREC) e a Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA) identifiquem a gama de riscos que ameaçam as redes e infraestruturas de comunicações europeias e formulem recomendações sobre como reforçar a sua resiliência.
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