Um estudo recentemente divulgado pela consultora britânica BroadGroup revela que dos 37 por cento de fornecedores de ligações Wi-Fi de acesso público, as operadoras europeias são as que cobram mais pelo serviço, embora a Europa contenha apenas 12 por cento dos pontos públicos - hotspots - de acesso a redes locais. Este continente é assim, em comparação com a Ásia e a América do Norte, o mais caro para aceder à Internet sem fios a partir de um local público.

O preço médio de uma assinatura na Europa é de 62 dólares por mês, comparado com os 39 dólares cobrados nos Estados Unidos e 16 dólares na Ásia. Estes números são relativos a uma média global de 41 dólares por mês. Noutro modelo de pagamento, o preço por cada 24 horas, que permite o acesso a redes locais sem fios por um dia, o documento revelou também fortes diferenças em termos dos custos para os consumidores, variando entre os 3,40 dólares na Suécia e os 33 dólares na Suiça. O preço médio de uma sessão de 24 horas na Europa fixou-se nos 14,39 dólares.

Apesar disso, o acesso de 24 horas demonstrou ser até agora popular, dado que 40 por cento das companhias mundiais que disponibilizam hotspots oferecem este tipo de serviço. Segundo o estudo do BroadGroup, esta oferta suscitou mais procura na Europa, sendo as regiões de hotspots públicos mais desenvolvidos os países nórdicos, a Alemanha e a Áustria.

As redes locais públicas possuem um alcance de cerca de 100 metros e costumam basear-se na especificação 802.11b, que permite que os utilizadores se liguem à Internet a velocidades até 11 Mbps, o que é bastante mais rápido do que o GPRS ou os serviços dial-up. A consultora britânica refere ainda que o preço cobrado varia bastante entre regiões e operadoras, à medida que este sector emergente se continua a alargar e a evoluir.

O BroadGroup afirma que surgiram três modelos dominantes de pagamento entre os fornecedores de serviço: o modelo móvel que tende a permitir um preçário por hora ou mesmo minuto e que trata a cobrança e a provisão do serviço de uma maneira semelhante à das operadoras de telemóveis. A cobrança baseada na localização tende a cobrar com base no acesso diário num único local, ao passo que o modelo de subscrição cobra aos utilizadores uma tarifa fixa e assume que estes acedem à Internet a partir de vários locais ao longo do ano.

Uma diferença registada pelos analistas da firma britânica é que, ao passo que os fornecedores norte-americanos tencionam sobretudo implementarem-se nos modelos de agregação baseados em acordos de partilha das receitas com os proprietários dos locais, os service providers europeus e asiáticos parecem querer controlar todos os aspectos da cadeia de valor. O BroadGroup refere ainda que o acesso público a redes Wi-Fi irá permanecer a médio prazo como um sector orientado para os utilizadores empresariais, embora preveja que o mercado de consumidores venha a crescer de importância ao longo do
tempo.

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