O desenvolvimento da fibra ótica na Europa está de boa saúde e recomenda-se. Pelo menos parece ser essa a conclusão a retirar do mais recente relatório publicado pelo FTTH Council, que aproveitou a conferência que termina hoje, em Munique, para divulgar os números relativos ao ano de 2011.

Durante o ano que passou, as ofertas de serviços de Internet suportadas em fibra ótica (FTTH/B) ganharam mais de 6000.000 novos subscritores, avança o Conselho Europeu para a promoção da fibre-to-the-home.

O número de casas onde o serviço está disponível ascendia, no final do ano, aos 28 milhões, o que revela um crescimento anual na ordem dos 41%, mostrou a monitorização levada a cabo pela organização.

"É bom verificar que a adoção da FTTH continua a crescer, mesmo num período de incerteza económica", afirmou o diretor geral do Conselho.

"São, porém, necessários esforços para assegurar que a Europa consegue atingir os objetivos relativos à internet de banda ultra-rápida, através fibra, previstos na Agenda Digital para 2012", acrescentou Hartwig Tauber.

Para além dos números globais, o FTTH Council publicou o habitual ranking dos países que lideram a adoção da tecnologia, onde só figuram mercados onde a tecnologia apresente uma implementação acima de 1% e onde Portugal continua a surgir a meio da tabela (11º lugar).

A lista é, como vem sendo hábito, liderada pela Lituânia (onde 28,3% dos lares já contam com ligação à Internet por fibra ótica), Noruega (14,7%) e Suécia (13,6%).

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Embora ainda não pertença ao ranking, a Espanha foi destacada como o país onde a adoção da tecnologia mais cresceu em 2011, registando um aumento de 184% na penetração da fibra até ao lar. O avanço levou o FTTH Council a referir que é muito provável que o país passe a ser incluído na lista num futuro próximo.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes