Ao longo do ano passado, a Anacom recebeu mais de 33,8 mil reclamações por escrito, 421 pedidos de informação, 123 petições, 34 sugestões e 287 comunicações de outra natureza, diz o regulador num comunicado onde refere que o total de solicitações constitui um aumento de 36 por cento face ao ano anterior. Do total de reclamações recebidas, "75 por cento provêem dos livros de reclamações, 18 por cento chegam através de e-mail ou via balcão virtual e 7 por cento por carta ou fax", diz a Anacom.

A Anacom refere ainda que foram recebidas nos serviços de atendimento ao público 7.319 solicitações, 6.622 das quais correspondentes a reclamações e as restantes 697 a pedidos de informação. A maioria das solicitações foi apresentada por telefone e referia-se ao sector das comunicações electrónicas, a que mais recebeu reclamações no último ano.

Segundo o regulador, este segmento foi responsável por 79 por cento das queixas, algo como 26.099 reclamações. Já o sector postal foi responsável por cerca de 20 por cento das queixas.

Numa discriminação das queixas por sector, a Anacom frisa que os serviços de acesso à Internet foram os que mais reclamações motivaram dentro do segmento de comunicações electrónicas. Segundo o regulador, estes serviços foram alvo de 5,93 queixas por cada mil clientes. Nas mesmas proporções, o serviço telefónico em local fixo recebeu com 2,46 reclamações e o serviço de distribuição de televisão por cabo 2,06, ambos por cada 1000 habitantes.

As questões relacionadas com equipamento, assistência técnica, atendimento ao cliente e facturação foram as mais referidas nas solicitações via livro de reclamações e referentes ao sector das comunicações electrónicas. Já nas queixas directas à Anacom, as queixas mais comuns prenderam-se com facturação, contratos e assistência técnica.

No que diz respeito ao sector postal, as queixas prendem-se com o serviço de correspondência, atraso de entregas, extravio de correio e fundamento problemas associados aos serviços de atendimento ao cliente.