O teste foi feito por uma equipa da Universidade de Búfalo, Estados Unidos, que instalaram a sua rede no lago Erie, perto de Búfalo. Os investigadores instalaram vários sensores de 18 quilogramas no lago, usando um computador portátil para transmitir informação.

A investigação tem por objetivo desenvolver uma norma de comunicações subaquáticas, facilitando o acesso e partilha de informação que pode ser usada para detetar tsunamis ou criar sistemas de alerta mais fiáveis.

O sistema pode ainda ser utilizado para identificar e resolver problemas ambientais, facilitando a sua localização e o acesso à informação através de uma norma comum a todos os investigadores.

Ao contrário da tecnologia Wi-Fi, esta rede submarina utiliza ondas de som e não ondas de rádio para transmitir informação. Os sinais de rádio são pouco fiáveis debaixo de água, com pouca estabilidade e um raio de comunicação muito curto.

[caption]wi-fi debaixo de água[/caption]

Segundo os investigadores, têm sido desenvolvidos vários sistemas de comunicação sem fios para usar debaixo de água, mas são sistemas proprietários, sem capacidade de intercomunicação e sem uma norma comum. É o caso do sistema da NOAA - US National Oceanic and Atmospheric Administration - que recorre a ondas de som para enviar informação a sensores de alerta de tsunamis, mas cujos dados não podem ser usados por outros sistemas.

O comunicado da Universidade dá conta da tentativa de criar uma norma comum e Tommaso Melodia, um dos investigadores responsável pelo projeto, lembra que este sistema pode tornar a informação mais acessível em smartphones e computadores, salvando vidas em caso de desastres naturais.

A equipa vai apresentar mais detalhes da investigação numa conferência que decorre no próximo mês em Taiwan.


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