Jorge Sampaio, Presidente da República, defendeu ontem uma regulação forte como única forma de fazer implementar medidas de fundo vitais para a concorrência no sector das telecomunicações. O presidente da República, convidado da APDC num jantar debate, defendeu a importância da regulação não só neste sector como na saúde e noutras áreas e considerou importante que as áreas da regulação ganhem maior peso e sejam mais aprofundadas no país, à medida que novos técnicos sejam formados pelas universidades.



O Presidente da República assinalou o encerramento das comemorações dos 20 anos de existência da APDC fazendo votos para que a indústria trabalhe na universalização do acesso às TIC e considerando que "não podemos aceitar a existência de cidadãos sem telefone fixo ou telemóvel, instrumento de inclusão social numa sociedade da informação".



Durante a intervenção foi sublinhada a má posição de Portugal nas estatísticas europeias de disponibilidade de acesso e utilização e lembrou aos presentes a importância de fazerem chegar às instituições competentes os temas e os assuntos que devem ser defendidos e propostos por Portugal em fóruns internacionais como a Cimeira Mundial para a Sociedade da Informação que este ano se realiza em Tunes.



O presidente manifestou ainda a sua admiração por não terem ainda sido aproveitadas as tecnologias disponíveis para avançar com um cartão único que reúna dados vários do cidadão e questionou o papel do open source em economias mais desenvolvidas que servem hoje de modelo pelo seu estádio de desenvolvimento ou pelas taxas de crescimento registadas. São exemplos desta situação a China e a Finlândia.

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