A fase principal do leilão do 5G continua a sua longa travessia, somando mais de sete meses de duração. Hoje, nas 12 rondas do 158º dia, as licitações atingiram os 355,079 milhões de euros. O valor corresponde a uma subida de 747 mil euros em relação ao dia anterior.
Os mais recentes dados disponibilizados pela Anacom permitem verificar que hoje as mudanças voltam a ocorrer na categoria J da faixa dos 3,6 GHz. Aqui é possível verificar subidas de 1% no que toca às propostas de seis dos lotes e de 2% relativamente às propostas de três deles.
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Em relação ao preço de reserva, todos os lotes da categoria J da faixa dos 3,6 GHz contam já com uma valorização superior a 400%, destacando-se os lotes J11 (410%), J14 (411%), assim como J13 e J15 (412%). Ao todo, a soma de ambas as fases do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta agora num encaixe potencial de 439,43 milhões de euros.
Depois do Governo, que parece estar de "mãos atadas" a observar o desenrolar da "novela" do leilão, demonstrar que está a começar a perder a paciência com a demora do processo e avisar que os prazos são para ser cumpridos, o "braço de ferro" entre Anacom e operadores volta a dar sinais de que está longe de ser resolvido.
Após a entidade reguladora ter dado a conhecer que está a preparar uma nova alteração ao regulamento do procedimento, a Altice Portugal reagiu à decisão, indicando que recusa e que se opõe “veementemente à alteração que a Anacom se propõe introduzir no Regulamento 5G e entende que devem manter-se as regras que têm vindo a ser seguidas por todos os licitantes”.
A empresa enfatizou que pondera todos os cenários relativos ao acionamento de meios legais para impedir a alteração do regulamento do procedimento. A operadora de telecomunicações afirma que “pior que errar é insistir no erro”, reforçando que desde o início o processo tem sido completamente errático e “lamentável”.
A Altice acusa também o regulador ter perdido milhares de milhões de euros na captação de novos investidores e mais investimentos de empresas já instaladas. “Urge que a culpa e responsabilidade sejam assumidas e assacadas. Chega de tanta irresponsabilidade e impunidade”.
Para operadora, a nova iniciativa do regulador não é mais que “um episódio que evidencia à sociedade o que tem sido o comportamento insensível e demonstrativo de grande incapacidade da Anacom na condução de todo este processo”. A empresa defende assim que a Anacom não está, nem esteve, à altura das exigências do processo do leilão do 5G, mas também do sector das telecomunicações e da economia do país.
Nota de Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 19h23)
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