A MEO - que assumiu a marca da TMN - continua a liderar no móvel com 47,3% dos cartões móveis ativos, sendo seguida pela Vodafone com 32,2%. Em terceiro, a NOS, com 18,4%, registou o maior crescimento da base de clientes, aumentando 3,5 pontos percentuais e contribuiu mais fortemente para o aumento do número de cartões ativos.

O crescimento acontece também no volume de minutos de conversação com origem nas redes móveis, subindo 10,5%, o que resulta em boa parte do crescimento das chamadas para outras redes (tráfego off-net) que foi potenciado pelos pacotes de ofertas com minutos incluídos e ainda com a eliminação da diferença entre tarifas dentro e fora das redes.

A Anacom nota que esta eliminação da diferença de preços poderá estar a reduzir a intensidade do chamado “efeito de rede”. De acordo com dados da Marktest, em dezembro do ano passado só cerca de 19 % dos utilizadores de telemóvel apontavam como principal razão para a escolha de um operador o facto de as pessoas com quem contactam estarem ligadas à mesma rede, enquanto em 2013 esse valor rondava 30 %.

A redução das tarifas de roaming na Europa teve também um efeito positivo, com o aumento de tráfego, onde se destaca particularmente o volume de tráfego de dados, que quase triplicou.

Os dados hoje revelados pela Anacom mostram que a utilização de serviços de banda larga móvel está a aumentar e que 5,2 milhões acedem a redes sociais, enviam mensagens instantâneas através do Facebook, Whatsapp ou Imo, e utilizam o correio electrónico, realizando também chamadas em VoIP.

Em sentido contrário seguem as receitas das operadoras. No total do ano as receitas de serviços a clientes cifraram-se em 1.756 milhões de euros, menos 12,3% do que no ano anterior.

Esta redução é acompanhada pela quebra da receita média mensal por assinante (ARPU), que se fixou em 11,1 euros, cerca de 11,5% abaixo do valor registado no ano anterior.


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