O mercado de telefones móveis em Portugal caiu nove por cento no segundo trimestre de 2009, face a igual período de 2008, segundo o relatório European Quarterly Mobile Phone Tracker, da IDC.

A consultora revela que durante o segundo trimestre de 2009 foram vendidas 1,4 milhões de unidades em Portugal, e ressalva que, apesar da queda homóloga, o mercado conseguiu crescer 36 por cento face ao trimestre anterior, "o que constitui uma melhoria sensível das condições do mercado".

"Os primeiros seis meses de 2009 foram bastante difíceis para os fabricantes de telefones móveis em Portugal, e na Europa em geral, com as vendas a registarem quebras nunca antes verificadas", afirma Francisco Jerónimo, responsável europeu de research da área de telefones móveis da IDC.

Desde o terceiro trimestre de 2008 que o sector tem vindo a assistir a decréscimos nas vendas em Portugal, fruto da retracção na procura. Neste contexto, o primeiro trimestre deste ano foi o pior de sempre, com uma quebra de 23 por cento, salienta a IDC.

Apesar da ligeira melhoria verificada no segundo trimestre, as perspectivas continuam a ser negativas para o conjunto do ano de 2009. "Qualquer recuperação sustentada, a acontecer, terá lugar apenas em finais de 2010, inícios de 2011", antevê a consultora.

Por segmentos, e ao contrário do que tem acontecido no resto da Europa, as vendas de smartphones no mercado português baixaram 10 por cento durante o segundo trimestre de 2009, depois de um decréscimo de 39 por cento nos três meses anteriores.

Também a baixarem, os telemóveis ditos tradicionais apresentaram um decréscimo de nove por cento, depois de terem caído 20 por cento durante o primeiro trimestre de 2009. Os portugueses mostram assim a opção crescente por telefones de gama baixa a preços reduzidos, considera a IDC.

No que diz respeito às fabricantes, a Nokia mantém a liderança, tendo aumentado as suas vendas em 12 por cento durante o período analisado, o que lhe permitiu atingir uma quota de mercado de 47 por cento.

Ocupando a segunda posição, a Samsung registou uma queda nas vendas de 17 por cento, com a quota de mercado a baixar para os 33 por cento. A LG mantém o terceiro lugar no ranking das fabricantes, arrecadando um quota de mercado de sete por cento, depois das vendas terem aumentado 11 por cento.