Apesar do futuro da televisão móvel ser ainda incerto, a consultora IDC Insight revela que estão a ser feitos esforços por forma a assegurar que existe capacidade para servir este mercado, uma vez que a necessidade de tecnologias multicast são cada vez maiores e, como qualquer equipamento, os 3G também têm limitações em termos de capacidade.


Paolo Pescatore, research manager e Consumer European Wireless and Mobile Communications, afirma que os serviços móveis não vão substituir os serviços de televisão existentes, mas sim, "complementar a oferta através de serviços adicionais que permitem que os utilizadores assistam aos programas e conteúdos que escolhem".


Embora a oferta actual nesta área se baseie no streaming de conteúdos televisivos para os terminais 3G, o mercado Europeu continua bastante fragmentado em termos de condições, o que causa alguns constrangimentos não só quanto à viabilidade do espectro utilizado, como também, no que diz respeito à atribuição de licenças e à taxa de sucesso que estas poderão alcançar.


Por estes motivos Paolo Pescatore acredita que tenham de ser tomadas várias decisões tecnológicas e traçadas estratégias para preencher as falhas existentes.


De acordo com a IDC, do ponto de vista tecnológico, o DVB-H tem mais apoio por parte dos fabricantes assim como da indústria, apesar de não ser tão forte quanto outros standards como o MediaFLO.


No entanto, existe uma outra opção, a ser equacionada, que se reparte em duas variantes baseadas no standard DAB (digital audio broadcast), nomeadamente o T-DMB e a transferência por pacotes.


Do ponto de vista estratégico, tanto os operadores como as entidades emissoras, precisam fazer convergir as duas realidades para poderem disponibilizar aos utilizadores serviços capazes, enquanto que, do ponto de vista do consumidor, é necessário existir a pré-disposição para pagar serviços "que são na realidade uma mais valia" e que podem tornar o mobile TV "num modelo de negócio de extrema importância", diz o relatório da consultora.

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