Depois de ter apostado na massificação dos telemóveis e na sua adaptação às exigências da sociedade de consumo, a Nokia procura agora alargar a sua oferta a bolsas "mais recheadas", anunciando o fabrico artesanal de uma nova gama de telemóveis de luxo, decorados com diamantes e pedras preciosas.



A fabricante finlandesa irá transferir a produção desses telemóveis, símbolos de riqueza e de status social, para a subsidiária Vertu, sedeada em Londres, que no seu site Web ainda em construção, admite que "combinará a capacidade artesanal, com design, tecnologia e serviço. Um objecto perfeito, tanto em forma como em função".




Esta iniciativa da Nokia advém da necessidade dos fabricantes de telemóveis se expandirem para novos mercados, ainda não saturados, daí a criação de edições limitadas e personalizadas, como por exemplo, no caso único desta empresa, a versão de ouro do modelo 8850 concebido para o mercado da Ásia/Pacifico.




Também a Ericsson tem concebido telemóveis dourados para determinados clientes no Médio Oriente, assim como a Motorola que tem integrado ouro e diamantes em alguns dos seus modelos, dirigidos aos sheiks do petróleo.

De acordo com declarações fornecidas à Reuters, por Ben Wood, analista para a área de comunicações móveis do Gartner Group, "esta é uma forma da Nokia diferenciar o seu leque de produtos no futuro, como parte da evolução da estratégia da marca".



Mediante a marca Vertu, a fabricante finlandesa irá produzir dispositivos que não são apenas telemóveis, mas peças de arte originais, exclusivas e limitadas para vender possivelmente na Ásia.



Alguns especialistas duvidam da viabilidade deste negócio, tendo declarado à Reuteurs que poderá não existir base de clientes suficientemente grande para justificar o fabrico desses produtos, uma vez que podem custar mais de 4 mil dólares (cerca de 4,4 mil euros e 900 mil escudos), apresentando uma tecnologia que se pode tornar obsoleta numa questão de meses.


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