A moda Lisboa foi hoje o pretexto para a Nokia mostrar a sua aposta no design, com modelos cada vez mais próximos do mundo da moda e apostando no conceito de "I Ware". Os novos telemóveis em destaque são o 7200 e o 7600, estando o primeiro à venda na próxima semana. Estes juntaram-se aos acessórios digitais ImageWear, medalhões que mostram imagens enviadas a partir do telemóvel ou do PC.



Também o Nokia 7200 é apresentado como um acessório de moda, "conjugando na perfeição tecnologia e o design", segundo José Horta e Costa, gestor de produto da Nokia Portugal. Apostando na cobertura Xpress-on de tecido e no "pacote" de acessórios que é comercializado com o telemóvel, a Nokia oferece ao utilizador a possibilidade de mudar frequentemente o aspecto do terminal. Este é o primeiro telemóvel da Nokia em formato de concha, sendo vendido com capas de cores coordenadas e protectores de ecrã compatíveis ao preço de 499 euros.



A Nokia voltou a mostrar o 7600, um dos modelos de imagem mais arrojada da empresa, já com tecnologia 3G, que chegará ao mercado quando os operadores disponibilizarem o serviço. Posicionando-se como um telemóvel adequado para quem gosta de trocar mensagens multimédia e capturar fotografias, o 7600 conta com um ecrã de 65 mil cores e permite a captação de imagens e vídeos (através de uma câmara VGA), envio e recepção de mensagens multimédia (MMS) e ainda a consulta de email móvel. Este modelo tem já um herdeiro, o 7610, apresentado durante a CeBIT e que integra uma câmara com um megabit de definição.



Na linha de "acessórios digitais" ImageWear, a Nokia mostrou o Medallion I e II, dois colares com um display que permite a visualização de imagens - enviadas via telemóvel ou PC.



Estes lançamentos estão em linha com a estratégia da empresa finlandesa de alargar a comunicação móvel a novas áreas da vida e dos negócios, segundo argumentou hoje mesmo Jorma Ollila, presidente e CEO da Nokia na Assembleia Anual em Helsinkia. Defendendo que o portfolio da empresa vai continuar a ser muito competitivo, Jorma Ollila afirmou que a Nokia deverá lançar este ano um número de terminais equivalente ao do ano passado, quando colocou à venda 40 novos equipamentos.



De acordo com Jorma Ollila, a convergência das comunicações móveis, as tecnologias da informação e a indústria de media está a criar oportunidades para o desenvolvimento de novos produtos e serviços nas áreas de jogos móveis, multimédia e soluções empresariais.



Na Europa, o número de terminais esperados para este ano situa-se entre os 25 e os 30, a mesma média dos últimos dois anos, adiantou José Horta e Costa. Sem querer confirmar contratos de fornecimento de equipamentos 3G com os operadores portugueses, Alessandro Mondini, director geral da Nokia Portugal, garante que estão ser feitos testes com todos os operadores e que a empresa tem disponibilidade total para entrega de equipamentos.



Alessandro Mondini afirmou ainda que a Nokia não sofre de problemas de falta de componentes para telemóveis com câmara, ao contrário de alguns dos seus concorrentes. A empresa tem feito um aprovisionamento adequado para responder às necessidades do mercado e goza, provavelmente, de algumas facilidades, fruto da sua posição no mercado, explicou ao TeK.



Em Portugal "a procura por telemóveis da área de imaging é, comparativamente com outros países, uma das mais elevadas, sendo um case study", sublinha Alessandro Mondini. Apesar de não divulgar números de vendas, o director geral da Nokia Portugal diz que a percentagem de telemóveis desta área no total de vendas da empresa a nível nacional é da ordem dos dois dígitos.

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