Os dispositivos tecnológicos têm contribuido para aumentar o número de horas de trabalho, mas por outro lado tornaram mais fácil o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.

As conclusões são retiradas de um estudo realizado pela empresa de recursos humanos Kelly Services onde 87 por cento dos inquiridos afirmam que as tecnologias, nomeadamente as móveis, têm potenciado a produtividade pessoal, além de ajudarem a alcançar mais equilíbrio entre a vida profissional e o trabalho.

Para a maioria, a mudança proporcionada pela possibilidade de trabalhar fora do escritório e em contacto constante é "uma evolução positiva", embora mais de um terço reconheça que agora enfrenta mais horas de trabalho.

Os 39 por cento que admitem dedicar ainda mais tempo ao trabalho são homens e pertencem à chamada geração baby boomers, ou seja entre os 48 e os 65 anos de idade.

Entre as gerações, um total de 64 por cento dizem que a produtividade é "muito melhor", e 24 por cento dizem que é "um pouco melhor", refere-se no estudo, citado pelo Público. Apenas um por cento afirma que a produtividade é menor.

Segundo o director-geral da Kelly Services, Frank Weermeijer, o boom de dispositivos móveis está a ajudar a criar um grupo de trabalhadores muito mais flexível, adaptável e produtivo. "Mesmo que alguns estejam a trabalhar mais horas, são largamente compensados pela maior liberdade e flexibilidade do trabalho virtual".

As comunicações móveis são consideradas pelo responsável como "a inovação com maior impacto de sempre. Nenhuma outra teve tanta influência sobre a produtividade pessoal e o empenho dos trabalhadores como estas".