As ofertas suportadas em tecnologias GSM e as ofertas em pacote que integram telefonia fixa, cabo e Internet foram os grandes dinamizadores do crescimento do número de clientes da rede fixa, na modalidade de acesso directo. A constatação é da Anacom que apurou em Dezembro um total de 3,2 milhões de clientes, num crescimento de 2,2 por cento face ao trimestre anterior e de 3,6 por cento face ao período homólogo.



No final do ano, o parque de acessos telefónico rondava os 4,1 milhões, com uma penetração de 39 acessos por cada 100 habitantes. Em termos anuais verifica-se uma estabilização do parque, embora o número de acesso analógicos e RDIS tenha caído, já que o crescimento dos acessos suportados em GSM compensou essa quebra.



Os números apurados pelo regulador revelam também que a quota do grupo PT continua a reduzir-se em favor dos operadores alternativos. Assim, a empresa liderada por Henrique Granadeiro terminou o ano com uma quota de 78,1 por cento, menos 3,1 por cento que no trimestre anterior e menos 10,9 por cento que no período homólogo. No acesso directo a quota da empresa ficou nos 76,5 por cento depois de uma queda homóloga de 12,4 por cento.



Entre Outubro e Dezembro foram originados na rede fixa 2.220 milhões de minutos, resultado de 733 milhões de chamadas realizadas. Face ao mesmo período do ano passado os valores registados representam quebras significativas, ao nível quer do volume de minutos, quer do volume de chamadas (11,6 e 8,5 por cento). No que se refere ao trimestre anterior a variação é positiva.



A quebra de tráfego é atribuída à redução do número de ligações à Internet em dial up, com a crescente migração para tecnologias de ADSL.
No acesso indirecto também diminuíram as chamadas realizadas em pré-selecção (3,2 por cento), uma tendência que o regulador justifica com a aposta crescente dos novos operadores no acesso directo.



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