As redes 5G vão permitir aos operadores de telecomunicações este ano faturarem já 400 mil milhões de dólares em receitas de serviços, um número que representa um avanço de 32%, face a 2023, segundo as previsões da Juniper Research.

Os dados compilados pela empresa de estudos de mercado sugerem também que os índices de adesão à nova infraestrutura de rede no mercado de consumo estão próximos da saturação e vão obrigar os operadores a apostar rapidamente no lançamento de novos serviços IoT para empresas, sobre as suas redes 5G.

Duas tecnologias vão ser decisivas para ajudar os operadores a explorarem mais a fundo este mercado. Na perspetiva da Juniper Networks vão ser o 5G avançado e o 5G RedCap (capacidade reduzida), que vão poder ajudar a servir melhor, tanto as necessidades mais exigentes, com aquelas em que não é necessário todo o poder de fogo do 5G para tirar partido da tecnologia. Com estas tecnologias, os operadores vão conseguir servir mais e melhor clientes em sectores como automóvel e criar soluções de banda larga móvel mais otimizadas para diferentes necessidades, antecipa-se.

Os dados da Juniper mostram ainda que no final deste ano devem estar ligados a redes públicas de telecomunicações 5G 35 milhões de dispositivos IoT. Em 2028 serão 360 milhões. As redes FWA terão um papel central para servir estas necessidades.

“O FWA sempre se posicionou como um serviço-chave para a monetização das redes 5G, mas a ascensão do 5G Advanced e do 5G RedCap vai permitir que os operadores disponibilizem serviços em condições de rede idênticas às dos prestadores no fixo”.

Este estudo da Juniper foi realizado a partir de dados recolhidos pela empresa em 60 mercados, ao longo dos últimos cinco anos.

No final do ano passado, um relatório da Ericsson divulgou outros dados interessantes sobre o sector. Referia que um quinto dos subscritores de serviços móveis a nível global já estão a usar 5G, o que representa um crescimento de mais de 60% na utilização da tecnologia no último ano.

O número global de utilizadores 5G no final de 2023 deveria assim rondar 1,6 mil milhões, mais 100 milhões do que o previsto inicialmente.  Entre o final de 2023 e o final de 2029, espera-se que o consumo de dados em redes 5G triplique, tanto graças à evolução dos equipamentos e da capacidade das redes, como à maior disponibilidade de conteúdos mais exigentes em termos de recursos.

Na Europa Ocidental em 2029, estimava ainda a Ericsson, em média, cada utilizador vai consumir cerca de 64 GB em dados móveis.