Metade dos portugueses usufrui hoje de acesso à banda larga, um número que é inferior à média europeia, fixada nos 56 por cento, de acordo com um estudo divulgado pela Comissão Europeia. Face ao ano passado, o número apurado para Portugal representa uma evolução de 7 por cento e face a 2007 uma evolução de 16 por cento, mas na comparação com a média europeia essa evolução perde significado, já que não significa qualquer redução do gap face aos números apurados para a Europa dos 27. Quer em 2008, quer este ano, a taxa de penetração da banda larga nas residências portuguesas está a 10 por cento de distância da média europeia.

No que se refere ao acesso à Internet, em termos genéricos, o número atribuído a Portugal sobe 2 por cento. Ou seja, passa a 48 por cento, ficando ainda mais longe da média europeia, que se fixa nos 65 por cento, de acordo com o Eurostat.

Os mesmos números mostram que no universo europeu se mantêm divergências significativas entre países, com o intervalo de penetração da Internet a variar entre os 30 por cento na Bulgária e os 90 por cento da Holanda. Próximo deste tecto máximo de penetração estão também países como o Luxemburgo, Suécia, Dinamarca ou Alemanha, todos com uma penetração de Internet acima dos 79 por cento.

No que se refere à penetração da banda larga entre utilizadores residenciais é a Suécia que regista os valores mais altos, 80 por cento.

O estudo também analisa o acesso à Internet por idades, revelando que é entre os jovens que a tecnologia está mais disseminada. Em Portugal 71 por cento dos cidadãos com idades entre os 16 e 24 anos acede à rede, valor idêntico à média europeia (73 por cento).

O documento analisa ainda a propensão dos utilizadores de Internet para o comércio online. Os dados relativos a Portugal mostram que 13 por cento dos internautas já comprou online, face a uma média europeia de 37 por cento.