Quase metade dos portugueses de classe média consideram normal que as crianças a partir dos 11 anos possam ter telemóvel, releva hoje a Cetelem com base no seu Barómetro Europeu do Observador Cetelem, que agrega informações sobre os consumidores de 12 países europeus.


De acordo com as conclusões do estudo, 42% dos portugueses defendem a utilização do telemóvel pelas crianças com idades entre os 11 e os 13 anos, enquanto 16% são da opinião que as crianças podem ter telemóvel a partir dos 7 anos de idade.
Apenas 7% dos inquiridos defendem que os filhos só devem ter este tipo de dispositivos a partir dos 17 anos.


No global, a Cetelem conclui que a esmagadora maioria dos consumidores portugueses de classe média - 93% - consideram normal as crianças terem telemóvel antes dos 16 anos.


"Longe vão os tempos em que os pais se sentiam incomodados por ver os filhos exibir orgulhosamente os dispendiosos gadgets tecnológicos" referiu a propósito Diogo Lopes Pereira, diretor de Marketing do Cetelem, explicando que "são muitos os pais que consideram que ter um telemóvel na escola primária deixou de ser uma aberração".


O mesmo responsável refere que os telemóveis "estão definitivamente generalizados junto de crianças cada vez mais novas", colocando-os ao mesmo nível das consolas de jogos e das roupas de marca.


As conclusões do Barómetro Europeu do Observador Cetelem colocam Portugal no segundo lugar entre os países da Europa ocidental em que os pais mais cedo pretendem oferecer um telemóvel aos filhos. O país que lidera estas intenções é a Inglaterra, onde 44% dos pais referiram pretender oferecer um telemóvel aos seus filhos a partir dos 11 anos.


No quadro seguinte, conheça os resultados dos 12 países abrangidos pelo estudo:

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Este estudo, realizado no âmbito do Barómetro Europeu do Observador Cetelem, teve como base inquéritos realizados a mais de 6.500 consumidores europeus a partir dos 18 anos, habitantes em 12 países : Portugal, Espanha, França, Alemanha, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Rússia e Eslováquia.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico