No final do ano passado existiam 4,7 milhões de subscritores de pacotes de serviços de telecomunicações, mais de metade (55,4%) a utilizar ofertas que agregam quatro ou mais serviços. As ofertas triple play (que agregam três serviços), foram as segundas mais populares, com 1,7 milhões de subscritores no final de dezembro de 2023.
A receita média mensal por cliente de serviços em pacote foi no ano passado de 36,80 euros, valor sem IVA, que traduz o maior crescimento neste indicador desde 2016 e que não será alheio ao aumento de preço destes serviços. A receita média mensal gerada pelos clientes com quatro ou mais serviços agregados em pacotes, por sua vez, foi de 45,27 euros (55,7 euros sem adicionarmos 23% de IVA), e no caso dos clientes 3P foi de 28,84 euros.
Os dados são da Anacom e também mostram que a subscrição de ofertas em pacote cresceu 2,5% ao longo do ano passado e as ofertas 4/5P ganharam mais 144 mil clientes, para um crescimento de 5,9%.
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Outros dados apurados pelo regulador indicam que no final da primeira metade do ano passado 13% do total de subscritores de pacotes pertenciam ao segmento não residencial. Neste universo de clientes, as ofertas mais representativas são as que agregam dois serviços (2P), contratadas por 24,3% desses clientes.
As ofertas que disponibilizam apenas um serviços continuam a ter mais peso no móvel do que no fixo. Nas comunicações móveis representam 68% dos acessos, nos acessos fixos 14,9%. Detalhando este valor por serviços, a Anacom apurou que, em julho de 2023, as ofertas isoladas residenciais representariam apenas 1% do total dos subscritores residenciais de banda larga fixa, 2% do total de subscritores residenciais de TV por subscrição e 4% dos clientes de serviços telefónicos fixos.
Em termos de receitas, os serviços em pacote renderam aos operadores no ano passado 2,04 mil milhões de euros, que é mais de metade (51,9%) das receitas retalhistas de comunicações eletrónicas. O peso destes serviços nas receitas totais da empresa aumentou 9%, o crescimento mais elevado desde 2016, com as receitas das ofertas 4/5P a assumirem também aqui o maior destaque: representaram 67,1% do total das receitas em pacote e 34,8% do total das receitas retalhistas.
Por operadores, a MEO foi o prestador com maior quota de clientes com serviços em pacote (41,6%). Seguiram-se a NOS (35,1%), a Vodafone (20,6%) e a NOWO (2,7%). Na comparação com o ano anterior verifica-se que MEO e Vodafone ganharam quota, enquanto a NOS e a NOWO perderam. Isto em termos de clientes. Nas receitas foram a NOS e a Vodafone a ganhar quota em 2023, enquanto a NOWO e a MEO perderam. A MEO foi, ainda assim, a operadora com maior quota de receitas de serviços em pacote (41,1%). A NOS surge logo a seguir (40,4%) e em seguida vêm a Vodafone (16,9%) e a NOWO (1,6%).
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