O recente relatório elaborado pelo Strategic Research Lab da Cap Gemini
Ernst & Young Telecom Media Networks
, denominado "Can we drive customers
acceptance?" propõe a apresentação de factores que podem acelerar a adopção
pelos consumidores de periféricos ou telemóveis de Universal Mobile
Telecommunication Service (UMTS).


De acordo com este estudo, efectuado por Lindsay Watt, Senior Consultant da
Cap Gemini Ernst & Young Telecom Media Network e autora do estudo, "há um
conjunto de premissas que as empresas de telecomunicações devem ter em
conta, tal como o aumento de largura de banda, a opção por estilos de vida
nómados, o acréscimo da navegação da Internet e de comutação por pacote, bem
como a introdução de serviços de vídeo, entre outras hipóteses".


Ricardo Maia, director de marketing e comunicação da Telecom Media Networks,
que acompanha em Portugal a divulgação destes estudos para os média,
concretiza que "neste estudo elaborado durante o mês de Outubro 2001 procura
alertar para o atraso que se tem verificado com o lançamento do UMTS",
acrescentando que "os operadores devem saber claramente quais as
necessidades reais dos utilizadores, em vez de se preocuparem só com a
componente tecnológica e com a concepção de gadgets".


Os fornecedores de serviços de terceira geração devem estimular o consumidor
para a necessidade dos seus serviços, que podem passar pela criação de novos
comportamentos que se adaptem aos velhos hábitos, melhorar a experiência do
serviço por parte do utilizador e definir um preço apropriado. "Tem de haver
uma série de acções proactivas por parte dos operadores", sustentou Ricardo
Maia.


Neste sentido, as empresas podem investir em certos dispositivos
especialmente concebidos para determinado público-alvo, como seja, por
exemplo, o grupo específico dos jovens com formação universitária, do sexo
masculino e rendimentos acima da média. Os operadores de telecomunicações
devem também procurar apostar na familiarização dos serviços propostos,
destacando características como a facilidade de uso e o baixo
custo.


Tal como em outros estudos, de acordo com as conclusões apresentadas, "os
consumidores são tecnologicamente agnósticos, menosprezando as abordagens
técnicas da tecnologia em favor de informações como a facilidade de
manuseamento, a utilidade e sobretudo o preço".

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