O responsável pela unidade portuguesa do grupo Vodafone defende que a fusão entre a Zon e a Optimus levou a uma alteração na dinâmica do mercado e não exclui cenários que conduzam a outros movimentos do género.
Mário Vaz também comentou uma possível fusão da Vodafone com a Cabovisão, considerando que "pode trazer benefícios", mas acrescentando que a "dimensão e as vantagens têm de ser analisadas", relata o Jornal de Negócios. "A integração do cabo da Cabovisão e da fibra da Vodafone também tem o seu custo. Temos que analisar", adiantou o mesmo responsável.
A junção das duas operações tem vindo a ser defendida por vários analistas. É uma hipótese que ganhou mais força depois da fusão entre Zon e Optimus e PT e OI, operações que reposicionam a Vodafone e a colocam numa posição menos confortável em termos de quota de mercado.
As declarações foram proferidas num jantar debate promovido pela APDC, ontem à noite, onde Mário Vaz também defendeu que a agregação em pacote das ofertas fixo móvel terá dado um contributo importante para antecipar a fusão das duas empresas.
No mesmo encontro Mário Vaz recordou o plano de investimentos da Vodafone para o mercado português, que vai aplicar 500 milhões de euros para levar a fibra ótica a 1,5 milhões de lares em Portugal nos próximos dois anos. Em março a fibra da Vodafone chegava a 800 mil lares e a 120 mil clientes, adianta o Diário Económico, citando Mário Vaz.
A nível mais geral, a empresa prevê que as receitas do mercado de telecomunicações em Portugal recuem este ano 5,7%. No móvel essa queda será de 9% e no fixo de 3 a 4%.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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