Quer as redes de nova geração, quer o HSPA+ são projectos que num futuro próximo podem mudar a forma de aceder e usufruir da Internet, na rede fixa e móvel. A Portugal Telecom, como outros operadores, tem planos para ambos. Na fibra tem marcado uma posição em que defende o interesse em avançar sozinha com um investimento na rede não partilhável e no móvel realizou já este mês um teste em HSPA+ QAM que permitirá levar a rede móvel de dados a velocidade teóricas de download na ordem dos 21 Mbps.

Esta manhã na conferência de imprensa de resultados do grupo, o presidente Zeinal Bava não quis no entanto dar grandes detalhes sobre nenhum dos dois projectos.

Sobre o tema da fibra óptica, que no passado mês de Janeiro levou vários operadores a assinarem um protocolo com o Governo, explicou que desde essa data têm-se mantido os contactos com os restantes operadores e com o executivo "que têm servido para continuar a definir qual o melhor modelo" para desenvolver as redes de próxima geração no país. O responsável acrescentou que até estarem definidas todas essas condições a PT não pretende revelar os seus planos específicos.

Sobre o HSPA+ na banda larga móvel, que Optimus e Vodafone também já garantem ter testado, o responsável máximo da operadora afirma que 2009 não será certamente o ano de massificação da tecnologia, que na sua opinião obrigará os operadores fixos a acelerarem os seus investimentos na fibra, para não perderem vantagem competitiva em relação ao móvel.

Zeinal Bava explica que a posição da PT a este nível é a de continuar a fazer testes e não avança prazos para o lançamento de uma oferta comercial, já prevista pela Vodafone para Junho. O responsável diz que pelo facto desta ser uma mudança que representa custos para os utilizadores a PT vai dar prioridade ao reforço da cobertura 3,5 G na rede antes de lançar uma oferta.

Recorde-se que o negócio móvel continua a ser um dos principais vectores de crescimento da PT em Portugal (no qual as receitas de dados já representam 20 por cento, sendo que cerca de metade são conectividade).

A TMN fechou 2008 com 6,9 milhões de clientes, sendo o activo mais valioso da PT no mercado doméstico a este nível, tendo em conta que dos 70,4 milhões de clientes do grupo quase 55 mil pertencem à Vivo no Brasil. Já ao nível das receitas operacionais é a rede fixa que continua a assumir maior preponderância, atingindo em 2008 resultados operacionais de 1,9 mil milhões de euros.