RCTS já oferece 10Gbits entre Lisboa e Porto

23 jun 2005 16:56

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A Rede de Ciência, Tecnologia e Sociedade disponibiliza desde o início do mês uma velocidade de débito de 10 Gbits por segundo, resultado do upgrade iniciado no ano passado que abre caminho ao suporte de novas aplicações e serviços.

O upgrade da Rede de Ciência, Tecnologia e Sociedade iniciado no ano passado foi concluído com sucesso, na sua componente de instalação de rede, no passado dia 9 de Junho passando a oferecer, desde essa data, uma ligação de 10 Gbits por segundo, informou a FCCN que gere a infra-estrutura.

A actualização da capacidade da rede foi alvo de um concurso público para aquisição da fibra, instalação e manutenção da infra-estrutura, realizado no ano passado e ganho pela Refer Telecom, que terá também a responsabilidade pela manutenção da infra-estrutura durante os próximos 18 anos.

Entre Lisboa e Porto são também ligadas a esta estrutura as cidades de Coimbra, Aveiro e Braga, com conexão directa à rede europeia de investigação e ensino a GEANT, que recentemente foi também alvo de um upgrade à sua velocidade passando a oferecer 320 Gigabits por segundo.

A FCCN frisa que a activação de ligação de 10 Gbits é um marco já que permite instalar sobre este eixo de suporte "ligações de acesso de maior capacidade, bem
como todos os fluxos de informação já existentes". A largura de banda da RCTS permite ainda às universidades e investigadores desenvolverem sobre ela "uma nova geração de serviços e aplicações de alto débito, até aqui vedadas à comunidade científica nacional", destaca um comunicado.

O mesmo documento acrescenta que esta rede de fibra óptica se baseia "numa solução de transmissão ponto-a-ponto do tipo DWDM, com interfaces 10G Ethernet LAN-PHY em ambos os extremos, aos quais foram ligados equipamentos de comutação IP (Routers) de elevada capacidade". A nova velocidade de transmissão de dados permite transmitir a cada segundo o equivalente ao conteúdo de um livro com 250 a 300 páginas.

A prazo a rede poderá ser estendida a outros pontos do país, dependendo do sucesso do projecto pensado para este primeiro eixo de cobertura, explicou ao TeK Pedro Veiga, presidente da Fundação para a Computação Cientifica Nacional, na altura do concurso.