No final de setembro existiam em Portugal 3,5 milhões de utilizadores de serviços de banda larga fixa de alta velocidade, a esmagadora maioria (nove em cada 10) servidos por redes de fibra ótica. Os dados, compilados pela Anacom, mostram que a percentagem de clientes residenciais de serviços fixos de banda larga de alto débito cresceu 6,8% no último ano, o que passou a fazer com que 83,5% das famílias em Portugal subscrevessem este tipo de serviços.

Essa predominância é mais vincada nas regiões de Lisboa (onde 96,6% das famílias têm banda larga fixa de alta velocidade), nos Açores (93,1%), na Madeira (91,1%) e no Algarve (86,6%), onde a penetração destas tecnologias fica acima da média nacional. As regiões do país onde os serviços de banda larga de alta velocidade mais cresceram no período em análise foram a região Norte, Centro e Alentejo, onde as ligações de alto débito passaram a representar 79,9%, 75,2% e 65,5%, respetivamente.

No final de setembro, 6 milhões de casas tinham condições para receber serviços suportados por redes de alta velocidade, mais 2,6% que no mesmo trimestre do ano anterior. Lisboa, Madeira e Açores tinham uma cobertura destas tecnologias superior à média, mas o maior crescimento no número de alojamentos cablados, por comparação com o ano anterior, verificou-se no Algarve (4,0%), no Centro do país (3,4%), no Norte (3,2%) e no Alentejo (2,6%).

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Entre as casas cabladas com redes de alta velocidade, a Anacom contabiliza 5,9 milhões de lares com condições para ter serviços de FTTH e 3,7 milhões de casas cabladas com rede de TV por cabo - HFC - Hybrid Fiber Coaxial, que chegam assim a 57,% da população. No conjunto das duas tecnologias, calcula-se que só 67,7% dos alojamentos com condições para usar serviços de internet fixa de alta velocidade, entre residências e negócios, estejam efetivamente a usá-los.

Os dados da Anacom mostram ainda, numa análise restrita ao primeiro semestre, que metade (51%) dos acessos de alta velocidade em local fixo disponibilizavam, no final de junho, velocidades de download entre os 100 Mbps e os 400 Mbps e 31% tinham velocidades entre 400 Mbps e 1Gbps. Os acessos com velocidades superiores a 1 Gbps representavam 5% do total, mais 2,8 pontos percentuais que no mesmo período do ano anterior. Esta tendência de crescimento também se verificou no universo de clientes com ligações entre os 400 e 1 Gbps, por oposição aos serviços que oferecem entre 100 e 400 Mbps, refletindo o aumento da velocidade média das ligações, já evidenciado por outras análises do regulador.