Os dados resultam dos testes feitos através da ferramenta Net.mede durante o terceiro trimestre do ano e mostram que nos acessos fixos residenciais a velocidade média das ligações melhorou 23% no download e 50% no upload, para 110 Mbps e 73 Mbps, respetivamente. Nas ligações móveis, a velocidade de download melhorou, em média, 16%, para 11 Mbps e a velocidade de upload 18%, para 7 Mbps.
No que se refere à latência, o tempo médio para um pacote de dados chegar ao destino na rede fixa foram 13 milissegundos - piorando ligeiramente pelo segundo trimestre consecutivo - e de 38 milissegundos nos acessos móveis. No móvel regista-se a tendência inversa e a latência média das comunicações caiu 7%. A comparação de valores é feita com o mesmo trimestre de 2021.
No período, o Net.mede foi usado 174 mil vezes, numa média de 1891 testes diários, e regressando a valores muito idênticos àqueles que eram típicos da plataforma antes da Covid-19.
Os dados compilados pela Anacom permitem também verificar que 64% dos testes realizados através da plataforma foram feitos a partir da internet de casa e da rede fixa. Foi assim com 64% dos testes realizados, outros 28% serviram para testar a velocidade da ligação móvel à internet.
Verifica-se também que os testes à velocidade da rede fixa foram realizados sobretudo entre as 16 e as 22 horas. Já no caso dos acessos móveis, as horas com maior número de testes realizados são, no período da manhã, entre as 10 e as 11 horas e, no período da tarde, entre as 15 e as 16 horas.
Foram realizados testes aos serviços de internet de rede fixa em 306 dos 308 concelhos. Os utilizadores de serviços de internet que entre julho e setembro testaram a velocidade das suas ligações móveis a partir do Net.mede fizeram-no em 293 concelhos, especialmente a partir do concelho de Lisboa e da região Norte, uma tendência também verificada nos testes à velocidade da rede fixa.
A Anacom sublinha que os dados apurados no terceiro trimestre seriam ainda melhores, no caso dos acessos móveis, se os testes considerados tivessem sido sempre feitos a partir de redes 5G, que estão a devolver uma velocidade média de download de 191 Mbps e de 34 Mbps no upload. Ainda assim, o regulador considera que a melhoria genérica de velocidade registada nos acessos móveis já reflete o efeito 5G. Nos acessos fixos essa melhoria é atribuída à migração progressiva dos utilizadores para serviços com maior largura de banda.
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