
As empresas defendem que o Governo deve adoptar uma maior transparência e permitir a divulgação do número de pedidos de informação realizados junto da empresas. O objetivo das tecnológicas é "descolarem-se" da imagem de aliado para todas as horas das entidades públicas.
A Google foi a primeira a tomar uma posição, depois de na semana passada voltarem a surgir notícias divulgando que a Verizon estava a fornecer às agências governamentais informação sobre todas as comunicações de voz realizadas na rede da operadora.
Numa carta aberta, a gigante da Internet pediu ao departamento de justiça permissão para divulgar o número e o âmbito dos pedidos de dados dirigidos à empresa por agências de segurança. Quer incluir neste leque os pedidos realizados ao abrigo do Foreign Intelligence Surveillance Act (FISA).
Rapidamente a Microsoft e o Facebook avançaram com declarações no mesmo sentido. "As informações que dão conta na imprensa de que a nossa colaboração com os pedidos do Governo nesta área dá acesso sem limites aos dados dos nossos utilizadores é simplesmente falsa", referiu David Drummond, advogado da empresa, numa carta endereçada ao procurador-geral e ao diretor do FBI.
O The Guardian avançou na semana passada com a informação sobre a alegada monitorização pelo governo de todas comunicações feitas pelos utilizadores: números contactados, tempo das chamadas e outros dados. Esta monitorização valeria para comunicações nacionais e internacionais.
Dias depois o diretor do FBI, James Clapper, confirmou a existência do Prism, descrevendo o programa como um sistema interno de computadores que ajuda o governo a reunir dados a partir de informação recolhida por empresas de Internet.
A reação quase imediata de empresas como a Apple, Microsoft e Google foi a negação de uma colaboração com o governo nesta área. Algumas destas empresas vão agora mais longe, com um pedido concreto de maior transparência.
"Permitir uma maior transparência no que se refere ao volume agregado e ao âmbito dos pedidos de segurança, incluindo as ordens da FISA, ajudaria a comunidade a perceber e a debater estes importantes temas".
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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