
São vários os exemplos de como o uso de telemóveis está a ser usado nos países em desenvolvimento para contornar a falta de infra-estruturas, desde os pagamentos e acesso a contas bancárias à saúde. Uma reunião realizada esta semana na África do Sul destacou alguns projectos, mas alertou também para a necessidade de estabelecer sistemas de segurança e confidencialidade.
Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) identifica os desenvolvimentos no uso de tecnologias móveis nos cuidados de saúde, referindo que 83% de 122 países incluídos na análise já tiram partido destes recursos, incluindo serviços como chamadas de emergência grátis, mensagens SMS para relembrar a utilização de medicamentos e transmissão de informação de saúde e de testes de laboratórios em locais onde não há Internet nem rede fixa.
Misha Kay, do Observatório de eHealth, criado pela OMS, admite que mais de 40 países em África estão a usar estes serviços baseados em telemóveis e que os países de maior dimensão, onde existem vários operadores, estão a liderar esta tendência. Etiópia, Nigéria, África do Sul e Quénia estão entre ops exemplos destacados.
"O que está a acontecer é muito importante. Milhões de pessoas em África ainda não têm acesso a cuidados de saúde. Com a tecnologia móvel pelo menos têm alguma", refere.
Um dos projectos em desenvolvimento é o FrontlineSMS:Medic, promovido por um investigador de Stanford especializado em SIDA em crianças que iniciou um programa piloto no Malawi onde apenas dois médicos tinham de diagnosticar e tratar 250 mil pessoas. Com telemóveis de 10 dólares e uma aplicação Java o investigador conseguiu dotar uma série de colaboradores de um sistema para reunir dados e coordenar informação dos pacientes.
Segundo dos dados avançador, em seis meses o projecto poupou aos médicos mais de 1.200 horas de trabalho e 3 mil dólares de combustível, calculam os fundadores, duplicando ainda o número de pacientes que foram tratados.
Há também iniciativas governamentais como a da República do Congo onde existe uma linha de apoio completamente gratuita para campanhas de planeamento familiar, e no Gana, onde uma universidade norte americana financia um serviço de voz e SMS gratuito entre os dois mil médicos que servem os mais de 24 milhões de habitantes.
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