A 26 de Dezembro o terramoto que se fez sentir no sudoeste asiático causou danos graves nos cabos submarinos que servem de base às telecomunicações entre a China e o resto do mundo. Como consequência, a avaria geral que se fez sentir nos sistemas de comunicação têm levado à perda parcial ou total dos serviços no território chinês.



Apesar dos grandes operadores de Internet e telecomunicações, como a China Mobile, China Telecom e China Unicom, assegurarem que 70 por cento dos serviços estariam repostos num curto espaço de tempo, dentro das condições possíveis, a verdade é que o acesso a páginas internacionais é demasiado lento e as chamadas telefónicas são quase impossíveis de realizar.



O regresso ao trabalho, após os três primeiros dias do ano, que são tradicionalmente festejados pelos chineses, trouxe consigo mais uma série de problemas e agora muitos utilizadores queixam-se de ter perdido o contacto com clientes e fontes de negócio no estrangeiro.



De acordo com a Associated Press, os cortes de ligação levaram ao desaparecimento de 10 mil domínios ".com", registados por cidadãos chineses, sem que houvesse a "possibilidade de actualização dos dados ou novo registo", refere o Centro Internacional de Informação da Internet chinês.



Os utilizadores destes domínios deviam ter efectuado o pagamento através da rede para poderem usufruir do serviço durante mais um ano, mas, dada a falha causada nos sistemas, foi impossível efectuar tais procedimentos, explicou a agência Xinhua.



Em muito poucos casos, os fornecedores dos domínios acordaram com os seus clientes o prolongamento dos contratos, mesmo não tido sido paga a conta anual, embora nem todas as entidades estejam dispostas a actuar da mesma maneira, refere a imprensa local.



Apesar das dificuldades, prevê-se que os sistemas de telecomunicações voltem à normalidade no próximo dia 15 de Janeiro estando já a ser discutida a necessidade de criar ligações submarinas alternativas à existente.



O desenvolvimento de um novo cabo submarino é uma das sugestões, que, caso seja aprovada, poderá permitir um tráfego de dados 60 vezes superior ao que actualmente era processado. Essa ligação teria uma localização mais a norte da actual, aproximadamente na mesma latitude que a Coreia do Sul, ou seja, um ponto menos propício a danos causados por terramotos.

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