Novos dados da Anacom dão a conhecer que, em 2021, o volume de minutos originado no serviço telefónico fixo registou uma diminuição de 9,4% em comparação com 2020. De acordo com a entidade reguladora, o valor representa um contraste com o aumento de 9% verificado no ano em que se começaram a fazer sentir os efeitos da pandemia de COVID-19.

A Anacom indica que a crise de saúde pública “provocou uma inversão da tendência de descida do tráfego que se vinha verificando desde 2013”. Assim, estima-se que o efeito da pandemia sobre o tráfego médio por acesso tenha sido de mais 21,8% em 2020 e de mais 23,9% em 2021.

Olhando para o tipo de chamada, a queda registada no tráfego deveu-se à diminuição do tráfego fixo-fixo (menos 13,3%), assim como, em menor medida, à diminuição do tráfego nacional para números curtos e números não geográficos (menos 25,7%) e do tráfego internacional de saída (menos 21,6%). Por contraste, o tráfego fixo-móvel registou um crescimento de 3,6%.

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A Anacom recorda que, em 2020, o tráfego fixo-fixo e o tráfego fixo móvel tinham subido7,3% e 22,5%, respetivamente, em comparação com 2019. “A evolução destes fluxos de tráfego em 2021 estará associada ao gradual levantamento das restrições de circulação associadas à COVID-19”, detalha a entidade.

Ao todo, em 2021, o número de clientes do serviço telefónico fixo na modalidade de acesso direto atingiu a marca dos 4,3 milhões, mais 85 mil do que em 2020, um crescimento associado à “continuada penetração das ofertas em pacote que integram telefonia fixa”.

A taxa de penetração dos acessos telefónicos principais foi de 51,4 por 100 habitantes. Já a que respeita aos acessos instalados a pedido de clientes residenciais foi de 94 por 100 agregados domésticos privados, menos 0,3 pontos percentuais em 2020.

Segundo a Anacom, o parque de acessos telefónicos principais atingiu 5,3 milhões de acessos equivalentes. O crescimento de 2% deve-se ao aumento dos acessos suportados em redes de fibra ótica e TV por cabo.

Os acessos suportados em redes de nova geração, incluindo FTTH, redes de TV por cabo e redes móveis em local fixo, representaram 84,7% dos acessos telefónicos, tendo aumentado 3,9 pontos percentuais em relação a 2020.

O número de postos públicos instalados registou a maior queda desde 2012, passando a cerca de 14,2 mil, menos 13% face ao ano anterior.

Em 2021, a quota de clientes de acesso direto da MEO atingiu 41,8%. Segue-se o grupo NOS, com 34,7%, a Vodafone, com 20%, e a NOWO, com 2,9%.

As quotas de clientes de acesso direto da NOS, NOWO e MEO registaram uma diminuição de 0,7, 0,3 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente. Por outro lado, a quota da Vodafone aumentou 0,9 pontos percentuais.