Nos primeiros três meses deste ano o serviço de televisão por subscrição ganhou 30 mil novos clientes, atingindo um total de 2,8 milhões de novos subscritores.



A fibra óptica é a tecnologia que mais dinamizado a subscrição de novas ofertas, seguida das ofertas suportadas na rede pública comutada (xDSL/IP), sendo que ambas as tecnologias representaram 99 por cento dos novos clientes angariados para os serviços de TV paga durante o período.



Ainda assim, a fibra e outras tecnologias (onde se incluem o xDSL, FWA) não chega a representar um quinto do mercado (19,2 por cento), mesmo crescendo 6 por cento. O cabo continua a dominar, com 50,9 por cento do mercado e o satélite mantém-se a segunda tecnologia mais usada, com uma quota de 23,9 por cento dos assinantes de serviços pagos de televisão.



Como também indicava um estudo europeu divulgado no início da semana, a maioria dos lares portugueses usufrui de ofertas em pacote (mais de 85 por cento) que combinam a TV com Internet ou com Internet e telefone, sendo que são este tipo de ofertas a promover o crescimento dos serviços.



O relatório trimestral da Anacom mostra ainda que a Zon continua a liderar o mercado de televisão paga, embora tenha perdido algum terreno para a Portugal Telecom, que se faz representar nesta área com a marca Meo.



Assim, a Zon assegurava no final de Março uma quota de 56,7 por cento do mercado, menos 1,2 por cento que no trimestre anterior e 5,8 por cento, face a igual período do ano passado.



O Meo, por seu lado, assegurou 31,2 por cento do mercado, mais 1,3 por cento que no trimestre anterior e mais 6,3 por cento que no período entre Janeiro e Março de 2010.
A Cabovisão continua a assegurar o terceiro lugar na tabela dos maiores operadores de serviços de TV paga, embora sem crescer (diminuindo aliás ligeiramente a quota para os 9,2 por cento, face aos 9,9 por cento detidos em Março de 2010).


No período analisado pelo regulador das comunicações, os serviços de TV por subscrição - oferecidos em exclusivo ou em pacote, quando é possível individualizar receitas para o serviço de TV - geraram receitas de 166 milhões de euros, crescendo ligeiramente face ao trimestre anterior (0,3 por cento). O cabo angariou 61,2 por cento das receitas, o satélite 27,9 por cento e o restante foi gerado pelas outras tecnologias disponíveis.