A Ericsson apresentou hoje os resultados de uma pesquisa sobre push-to-talk, que durante um ano envolveu 13 mil pessoas em 10 países. Segundo estes números um em cada cinco utilizadores móveis mostra vontade de experimentar esta nova funcionalidade, que está a ser testada pela generalidade dos operadores e que permite estabelecer comunicação directa entre um grupo de utilizadores, premindo um único botão.
A pesquisa revela ainda existir uma correlação directa entre o nível de interesse demonstrado pelos inquiridos e a idade, com as camadas mais jovens a mostrarem maior interesse no serviço e que o mercado de consumo encara esta funcionalidade como uma nova forma de coordenar actividades de grupo com custos baixos.
No segmento empresarial o push-to-talk gera também curiosidade, sobretudo junto das profissões que requerem maior mobilidade ou dos early adopters. Entre as características positivas do serviço, sublinhadas pelos inquiridos empresarias, estão o facto deste se apresentar como uma alternativa ao walkie-talkie, usar um canal próprio - o que previne a intrusão - e permitir uma comunicação rápida com vários interlocutores.
O estudo realizado pela Ericsson procurou ainda perceber que políticas de preços serão seguidas pelos operadores analisando um intervalo entre os 5 e os 25 dólares mês e usando como termo de comparação os Estados Unidos onde o serviço está implementado e custa em média 15 a 20 dólares mês. Os resultados obtidos na Europa apontam para um intervalo de preços semelhante ao americano ou inferior, já que poucos utilizadores estariam disponíveis para pagar acima de 20 dólares pelo serviço.
A par com a apresentação dos resultados Niclas Medman, director de marketing do grupo, considerou que nos próximos 18 meses as experiências que decorrem em vários países terão tempo para se transformar em ofertas comercias e dar origem a serviços relativamente maduros.
O responsável detalhou ainda o posicionamento da Ericsson relativamente a esta matéria explicando que a empresa sueca faz parte do conjunto de entidades que está a trabalhar num standard aberto, que permite a compatibilidade entre várias redes e fabricantes, o Push to Talk over Cellular (PoC), entretanto aceite pela Open Mobile Alliance (OMA).
Esta especificação baseia-se em tecnologia IP e utiliza pacotes de dados, pelo que não requer largura de banda quando o utilizador não está a falar (como acontece nas conexões baseadas em comutação de circuito). Tendo por base esta especificação a Ericsson desenvolveu uma solução end-to-end que está a comercializar junto de operadores.
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