O tribunal onde foi apresentado o pedido considerou legitimas as pretensões da empresa que quer tornar público o esforço feito na altura para resistir ao pedido de colaboração da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos.



Na altura a Yahoo terá recorrido à justiça e alegado receios de violação de direitos de privacidade dos seus utilizadores.



O argumento de pouco valeu, com a justiça a classificar os receios da Yahoo como excesso de zelo. "A recolha de informação das comunicações de forma não personalizada não viola a quarta emenda" defendeu o tribunal na altura, reagindo diretamente àquele que era o principal argumento da Yahoo, a violação da quarta emenda.



Cinco anos depois é o mesmo tribunal a apreciar o pedido e a considerar que, desta vez, as pretensões da empresa são legítimas. Na nota do U.S. Foreign Intelligence Surveillance Court pode ler-se que o governo deve rever e desclassificar o memorando emitido pelo tribunal na altura bem como a informação submetida por ambas as partes, removendo possível informação classificada.



No mesmo documento é concedido um prazo de duas semanas ao departamento de justiça para avançar com uma estimativa de prazo, relativamente ao tempo previsto para a revisão do acórdão e restantes dados do processo.



A existência de um programa de vigilância (PRISM), que conta com a colaboração de várias empresas norte-americanas de comunicações que acederam em entregar dados dos seus clientes à Agência Nacional de Segurança do país, tem gerado enorme polémica. O caso foi denunciado pelo ex-agente dos serviços de segurança Edward Snowden.



A Yahoo quando foi chamada a colaborar negou-se e agora quer ver essa posição publicamente revelada.



A colaboração de várias empresas de tecnologia e telecomunicações tem sido revelada pela imprensa e assumida pelas próprias organizações. A Microsoft tem sido uma das mais visadas por informações que apontam uma estreita colaboração com a NSA.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico