Presente em 11 países europeus, a ERP- European Recycling Plataform está a assinalar um marco histórico: o ter alcançado um milhão de toneladas de resíduos eléctricos e electrónicos recolhidos e reciclados.

O TeK aproveitou o "clima" de comemoração para perguntar a Ricardo Neto, director-geral da ERP Portugal, o que representa alcançar tal objectivo.

TeK: A ERP assinala o milhão de toneladas de REEES reciclados na Europa. O que significa este marco (nomeadamente em Portugal) e quais são os próximos grandes objectivos da organização para o próximo milhão?

Ricardo Neto:
Um milhão de toneladas reciclados na Europa significa, evitar a emissão de 11 milhões de toneladas de CO2 o que equivale a retirarmos quatro milhões de carros das nossas estradas por ano; eliminar 1.500 toneladas de substâncias nocivas à camada de ozono; poupar nove biliões de Kw/hora de energia primária o que corresponde ao consumo de meio milhão de casas durante um ano; recuperar oito toneladas de ouro; note-se que por cada quilo extraído em minas são libertadas 19 toneladas de CO2; recuperar 65 toneladas de prata e 30.000 toneladas de cobre.

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Significa que a ERP Portugal foi responsável por cerca de cinco por cento deste resultado, contribuindo para melhorar o ambiente e a nossa qualidade de vida.

Estamos em crer que o próximo milhão não irá demorar cinco anos a ser recolhido. Na realidade encontramo-nos a operar a 100% em 11 países (o que não acontecia há cinco anos atrás) o que acelerará a recolha de REEE, mas também pelo facto de os cidadãos estarem mais despertos para a necessidade de encaminharem correctamente este tipo de resíduos.

Temos também como objectivos, alguns já a decorrer, alargar as nossas competências à gestão de resíduos de pilhas e acumuladores (o que já acontece em 10 dos 11 países onde operamos), bem como à gestão de resíduos de embalagem, sendo que em Portugal e Irlanda já foram apresentados às autoridades competentes os pedidos de licenciamento.