Apesar de não acreditar na teoria de que apenas os melhores vão sobreviver, mas sim dos que se conseguem adaptar, Thomas Oestreich, responsável pela área de estratégia de EPM na Oracle, defende que que muitas empresas estão a desperdiçar recursos sem conseguirem ter uma visão integrada da informação essencial para o negócio.

A utilização de folhas de Excel para reunir dados de aplicações de planeamento e de Business Inteligence é ainda frequente, mas a Oracle propõe a sua substituição por um sistema que facilita a visão do negócio, tirando partido da base de aplicações já instaladas, independentemente do vendor.

[caption]Thomas Oestreich[/caption] Como pode a estratégia da EPM da Oracle ajudar os clientes a ultrapassar este momento de crise?
Thomas Oestreich -
Penso que um dos aspectos chave, que é diferente dos últimos anos, é de que as empresas precisam de ter uma visão mais precisa da informação do que acontecia antes e para isso precisam de ter um sistema preparado. No passado resolviamos problemas pontuais, com uma solução de planeamento ou Business Inteligence, o que criou silos de informação e agora a tendência aponta para a criação de um sistema que volte a reunir toda a informação de uma forma muito perceptivel e fácil de visualizar para a administração e os vários níveis de decisores.

Muitas empresas continuam a usar folhas de Excel associadas às suas aplicações de Performance Management para integrar a informação e nós conseguimos resolver este problema com a nossa tecnologia que permite integrar todas as aplicações existentes.

TeK - Mas esta é também uma solução que vai exigir mais investimentos, numa conjuntura difícil...
T.O. -
As empresas explicam-nos que actualmente é muito caro para as empresas manterem todo o portfólio de aplicações diferentes, em relação aos dados, estrutura de dados, autenticação dos utilizadores...
O que nós fornecemos é um sistema que lhes permite gerir tudo o que precisam em mais do que uma aplicação. Esta é uma diferenciação muito importante porque consegue maior qualidade de dados da informação a um custo mais baixo.
E as empresas não têm de investir mais dinheiro, o que é muito relevante nesta época de contenção orçamental.

TeK - Esta estratégia exige a existência de aplicações Oracle ou está preparada para ambientes heterpgéneos?

T.O. - Ao contrário de outros vendors, nós temos o que chamamos de estratégia "hot plugable", que pode ser usada em qualquer ambiente, o que combinado com a estratégia "aberta", se torna muito relevante. Por definição sabemos que as empresas têm aplicações de diferentes vendors, mas não fechamos a porta a clientes que têm soluções de BI de outras empresas. Usamos standards abertos para garantir que podemos usar os dados que existem e integrá-los e o nosso componente de middleware é crucial porque é neste nível que fazemos a integração.