Ricardo Carvalho fundou a PrimeIT. A consultora TI nacional está a conquistar espaço num mercado competitivo ocupado por multinacionais, de onde o responsável também saiu para criar o projecto nacional que, em quatro anos, conseguiu crescer até aos 180 colaboradores.



O CEO falou com o TeK para explicar porque criou a PrimeIT, como chegou a 2011 e que objectivos tem para a expansão do negócio este ano. Os sectores que concentram a actividade da PrimeTI também foram tema de conversa.

[caption]Ricardo Carvalho[/caption]

TeK: Aos 27 anos lançou uma empresa. O que queria fazer diferente do que encontrou na experiência em consultoras internacionais, vivida até essa altura?

Ricardo Carvalho:
Após alguns anos a trabalhar em multinacionais apercebi-me que estas muitas vezes não oferecem o que os clientes esperam e realmente precisam, é necessário conhecer bem a sua cultura para fazer um levantamento eficaz das suas necessidades e assim ir de encontro às suas expectativas.

Havia uma oportunidade de negócio, do meu ponto de vista era preciso estar mais próximo dos clientes, oferecer maior flexibilidade ao nível dos serviços e recursos. Foram estes os princípios que me motivaram a criar a PrimeIT, hoje considero que estes mesmos princípios são a nossa principal vantagem competitiva.



TeK: Nos últimos quatro anos a Prime IT conseguiu crescer para os actuais 180 colaboradores e 7,8 milhões de euros de facturação. Em que áreas e sectores apostaram para crescer e que tipo de projectos têm desenvolvido?

Ricardo Carvalho:
Maioritariamente no sector privado, isto é, Banca, Seguros e Telecomunicações. A área de Tecnologias de Informação e de engenharia rádio são para nós prioritárias.



TeK: A internacionalização é um dos grandes objectivos para este ano. Que mercados vão focar a vossa atenção e porquê?

Ricardo Carvalho:
Definimos para este ano focar-nos no mercado Africano (Angola e Moçambique) e no mercado Francês. No caso do mercado Africano as perspectivas de crescimento dos países em questão e a proximidade cultural justificam esta aposta. No caso do mercado francês, o facto de termos actualmente em carteira vários clientes franceses constitui uma importante oportunidade que queremos aproveitar.



TeK: A Prime IT está no mercado onde a concorrência internacional é forte. Uma empresa portuguesa, recém-criada, consegue ter argumentos para conquistar espaço num mercado internacional tão disputado?

Ricardo Carvalho:
Sim, sem dúvida. Embora se trate de um mercado de dimensão relevante e muito competitivo considero que o que aqui marca a diferença são os recursos humanos, haverá sempre espaço para quem conseguir angariar os recursos mais competentes e experientes.
Mais, ao ser uma empresa nacional, jovem e com uma dimensão apropriada, a PrimeIT desenvolve também com os seus colaboradores uma relação de proximidade que contribuí para a sua satisfação e evolução profissional, algo que sei por experiência própria ser mais complicado no ambiente de uma empresa multinacional. Trata-se a meu ver de uma importante vantagem competitiva da PrimeIT.