A preferência por lojas online para comprar smartphones ganhou tração com a pandemia e continua a crescer desde essa altura, como comprovam os dados mais recentes da IDC sobre o assunto. Em 2019, as vendas online representavam 14% do total, no ano passado pesavam já 18,4%, num mercado que este ano deve crescer menos que o inicialmente previsto.

Este crescimento tem sido feito às custas de uma menor procura de outros canais, como as vendas diretas através de operadores de telecomunicações ou em lojas dos próprios fabricantes.

No que se refere aos operadores de telecomunicações, 28,5% das vendas de telemóveis eram feitas por essa via em 2019. No ano passado, só 24% das vendas foram realizadas em lojas de operadores de telecomunicações.

Clique nas imagens para ver os dados

No que diz respeito às vendas diretas, em lojas das marcas, a opção até começou a ganhar mais tração a partir de 2020. Entre 2019 e 2020 a quota de vendas deste canal passou de 4,6% para 5,1% e voltou a crescer ligeiramente nos anos seguintes. Em 2024 recuou para 4,8%.

“Os consumidores estão a preferir cada vez mais os retalhistas online aos operadores de telecomunicações tradicionais para a compra de smartphones, o que demonstra uma mudança no sentido de uma maior conveniência, especialmente desde a pandemia”, destaca Sofia Postiglioni, analista da consultora numa nota publicada no LinkedIN.

Opções de troca competitivas e promoções também estão a tornar o processo de compra muito mais fácil na altura de fazer a atualização dos equipamentos”, acrescenta a responsável.

Estas alterações de comportamento no tipo de loja escolhida para fazer compras também se refletem no destino das receitas. As lojas online garantiram 16,1% das receitas associadas a vendas de telemóveis em 2024, quando em 2019 absorviam apenas 11,7%.

No mesmo período, os operadores de telecomunicações perderam 4 pontos percentuais das receitas, para 34,5% e o retalho tradicional também reduziu ligeiramente a sua quota nesta área.

Os fabricantes embora ao longo do tempo tenham reduzido o volume de equipamentos vendidos aumentaram a quota de receita, que no final do ano passado era de 8,5%.

Outro estudo recente da IDC mostrou mais alterações de comportamento na mesma área evidenciando uma procura cada vez maior de equipamentos em segunda-mão.