Florin Baras, responsável pela fabricante de soluções de segurança BitDefender na Península Ibérica, falou ao TeK sobre a estratégia da empresa para Portugal e os planos para crescer no país.


Sem uma presença direta em Portugal, a BitDefender não acredita que essa condição lhe retire potencial de mercado em Portugal mas, mesmo assim, assegura que o plano é reforçar o investimento por cá.



TeK: Que presença tem atualmente a BitDefender em Portugal, em termos de estrutura e quotas de mercado?

Florin Baras:
Em Portugal estamos presentes através de dois grandes partners, que nos representam no país. Para além do mais, contamos com pessoas em áreas como a comunicação e o marketing. A nossa presença é ainda limitada porque estamos há poucos anos no país.




TeK: Está previsto um reforço do investimento no mercado português a curto/médio prazo? Se sim, que áreas pretendem reforçar e em que domínios acreditam que há maiores oportunidades de negócio a explorar em Portugal?

Florin Baras:
A situação económica do país nestes últimos anos não foi a melhor, o que não ajuda ao crescimento, e como tal ao investimento. A nossa ideia é aumentar o investimento nas diferentes áreas, à medida que vamos ganhando quotas no mercado.



TeK: Os vossos maiores concorrentes já têm uma presença direta em Portugal, que tem até sido reforçada ao longo dos últimos anos. É possível manter-se competitivo sem avançar com uma estrutura mais localizada no país?

Florin Baras:
Por vezes é até mais fácil. Nós sempre trabalhámos muito de perto com os nossos partners. Por isso, eles são como um escritório nosso no país. Com a mais-valia de que conhecem muito bem o mercado, têm contactos, conhecem bem o produto, etc. Como dizia, no futuro gostaríamos de ter uma presença local, mas mesmo que a tenhamos no futuro, o trabalho continuará a ser realizado com um contacto muito próximo com o canal de distribuição.



TeK: Mesmo com essa aposta mais vincada que muitas empresas de segurança têm feito em Portugal a forma como olham para o nosso mercado é essencialmente numa perspetiva ibérica. Diria que hoje há mais diferenças ou semelhanças entre os dois mercados? Quais são as mais relevantes?

Florin Baras:
Uma das coisas que é possível ao trabalhar com sócios locais é, precisamente, conhecer todas as especificidades locais de cada mercado. Nós não temos uma divisão Ibérica, propriamente dita. A nossa estratégia é global quanto à mensagem, mas com atuações locais de maneira a adaptar às necessidades de cada país. Sim, é verdade que a partir dos escritórios de Espanha cobrem-se algumas áreas, como sejam a Direção de Marketing e Comunicação, ou a Direção Comercial, mas está mais relacionado com uma questão geográfica - em Espanha a BitDefender tem escritórios próprios - do que com semelhanças nos mercados.



Em termos de negócio, que objetivos tem a BitDefender para o mercado ibérico em 2011 e mais concretamente para Portugal?

Florin Baras:
Em 2012 vamos lançar uma gama de consumo realmente inovadora que acreditamos nos vai dar um bom crescimento em termos de vendas. Se até agora a nossa tecnologia de deteção era muito premiada, inclusivamente noutros produtos, agora vamos ter uma suite completa vai além da tecnologia de deteção. Isso permite-nos ser otimistas e pensar que tanto em Espanha como em Portugal teremos crescimento. Obviamente, não será um crescimento espetacular porque nem o sector nem o mercado desses países estão em situação de nos permitir alcançar crescimentos na ordem dos dois dígitos, por exemplo. Mas com certeza que melhoraremos os nossos números de 2010.

Cristina A. Ferreira




Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico