Nasceu em 2009 como unidade autónoma do grupo de marketing digital WY Group, focada em exclusivo na área do mobile e no desenvolvimento de aplicações para smartphone. Do seu portefólio fazem parte projetos como o Mapa do Cidadão e aplicações ligadas a eventos, onde cabem alguns dos principais festivais de verão, banca, saúde ou distribuição.
TEK: Nestes dois últimos anos o mercado mobile mudou muito? E a Bliss? Em que estão concentrados neste momento?
André Gil: O mercado mobile cresceu, amadureceu e evoluiu. Hoje em dia falar em mobilidade não se restringe apenas a apps que estão nos nossos smartphones. É falar em wearables, é falar em óculos de realidade virtual, mas também óculos de realidade aumentada, é falar de domótica, mas também de robótica. O leque de dispositivos conectados aumentou, hoje falamos de IoT (Internet of Things) de Internet das Coisas, porque há cada vez mais equipamentos inteligentes, ligados à internet com os quais podemos interagir, a maior parte das vezes através dos nossos smartphones.
A interligação entre plataformas é cada vez mais comum. Há mais canais para comunicar com os consumidores e mais plataformas para os utilizadores interagirem. Isto faz com que os desafios em design e usabilidade aumentem. Há uma preocupação maior com estes processos, por essa razão hoje ouvimos falar mais frequentemente de Design Thinking e de Design Service. Fala-se menos de plataformas e tecnologias, e mais em processos que melhorem e otimizem os negócios das empresas. A Bliss está mais focada em ajudar as empresas nestes processos de otimização.
TEK: Que projetos acrescentaram ao vosso portfólio? Que género de soluções estão a desenvolver?
André Gil: Se tiver que escolher quatro áreas principais onde atuamos, elejo Startups, Pharma, Eventos e Banca. Relativamente às Startups, temos alguns projetos atuais em que ajudamos empreendedores a transformarem as suas ideias em produtos e serviços. Com as startups os desafios vão sempre mais além do que a materialização da ideia.
Na área Pharma, temos trabalhado com algumas farmacêuticas em Portugal e fora, ajudando-as na construção de ferramentas de apoio às vendas. Nos Eventos, temos trabalhado sobretudo na vertente corporativa, uma área onde temos estado a fazer vários projetos, com a ajuda de um produto que temos para a gestão de eventos, denominado Embly - Banca: Trabalhamos com vários bancos, ajudando-os a construir as suas ferramentas digitais. Sejam elas internas, ou para uso dos seus clientes.
TEK: Que balanço fazem destes últimos anos? Como evoluiu o negócio?
André Gil: Muito positivo. A Bliss desde que nasceu entre 2009 e 2010 tem vindo todos os anos consecutivamente a crescer, em colaboradores, financeiramente e em número de escritórios e projetos. Este ano não será exceção pelos resultados atuais e previsões. O mercado amadureceu, sobretudo em Portugal, nos anos mais recentes. Os projetos mobile já não são vistos como uma trend ou nice-to-have, mas como uma necessidade perante o mercado, perante os consumidores e clientes, isto fez com que o grau de complexidade e exigência dos projetos aumentasse. Porque a importância e impacto destes projetos é agora maior, para as organizações e para o mercado.
TEK: Portugal ainda é o principal mercado da Bliss? Quais os mais representativos?
André Gil: Sim, Portugal continua ainda a ser o mais representativo. Com o mercado em USA a crescer e ter mais impacto no resultado atual da empresa.
TEK: Quantos colaboradores têm? Tem sido mais fácil recrutar? Que tipo de perfis procuram?
André Gil: A Bliss Applications tem cerca de 50 pessoas, que depois são acompanhadas por mais pessoas que pertencem ao WYgroup, estrutura da qual a Bliss faz parte. Este acompanhamento é feito em áreas transversais das empresas, como por exemplo os serviços administrativos e financeiros.
O desafio de recrutamento tem vindo aumentar exponencialmente nos últimos anos: há mais procura de projetos nesta área; há cada vez mais empresas estrangeiras a montar pólos de produção em Portugal; há o fenómeno das Startups altamente financiadas para um crescimento rápido e há ainda o regime de trabalho remoto “remoting” que veio para ficar, sobretudo para quem trabalha em Portugal para empresas globais, que estão fora do país.
Há também cada vez mais especialização tecnológica, que as universidades não conseguem acompanhar. A saída de recursos para o mercado de trabalho não tem sido suficiente e temos assistido mais recentemente à canibalização de recursos por parte de algumas empresas o que não é nada bom.
Por tudo isto, a área de recrutamento hoje em dia é basilar no negócio de uma empresa tecnológica.
TEK: O que podemos esperar de novidades da Bliss nos próximos tempos?
André Gil: Estamos a fazer projetos bem interessantes. Alguns ainda não podemos revelar, outros não podemos de todo falar porque são para consumo interno das empresas, mas podemos adiantar por exemplo que continuamos muito ativos na área da banca, a trabalhar com alguns bancos nacionais e empresas com projetos nesta área e que por isso traremos novidades na área da banca e mobilidade. E que até ao final do ano lançaremos projetos novos com algumas startups.
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