A agap2 quer terminar o ano com uma faturação de 170 milhões de euros e na próxima década tem planos para alcançar uma faturação de mil milhões de euros. A atividade internacional será o grande pilar na atividade da consultora, que assinala este ano o 10º aniversário.

 O Reino Unido e a Alemanha são as grandes prioridades para 2016, refere ao TeK o diretor-geral Filipe Esteves, numa entrevista ao TeK, onde explica como se organiza a empresa, como vê o potencial do mercado português para o outsourcing - a área com maior peso na atividade da agap2 - e dos objetivos para o futuro.

TeK: A agap2 assinala este ano o 10º aniversário. Quais serão os grandes desafios para a próxima década nos mercados para onde dirigem a vossa oferta? Quais são os grandes objetivos da empresa para a próxima década em termos de negócio?

Filipe Esteves: No ano em que comemoramos o nosso 10º aniversário atingiremos aproximadamente os 170 milhões de faturação. Temos a perspetiva de alcançar mil milhões de euros na próxima década e consolidar a agap2 como uma das maiores organizações de consultoria no seu setor de atividade. A expansão a nível internacional será seguramente o nosso grande objetivo para a próxima década, sendo que a experiência e a maturidade da nossa oferta em Portugal servirá de “backbone” para comprovar a nossa competência noutros mercados.

TeK: No médio prazo têm a expectativa de chegar a novos mercados? Já definiram outros mercados prioritários, para além daqueles onde estão?

Filipe Esteves: A consolidação de uma dimensão internacional para a agap2 tem sido uma prioridade desde o início. Para além da valorização clara dos nossos profissionais, a experiência em projetos internacionais e o conhecimento ad­quirido relativamente a outras áreas de mercado e novos métodos de trabalho permitem-nos almejar a presença noutras economias. A nossa expansão para o mercado alemão e Grã-Bretanha a nível de IT é uma das prioridades para 2016.

TeK: Dividem a vossa atividade em várias áreas. Quais as mais relevantes, com maior peso no negócio? O outsourcing representa quanto?

Filipe Esteves: A agap2 está organizada em sete unidades téc­nicas especializadas, dotadas das compe­tências necessárias para assumir as diferentes fases de um projeto, nas mais variadas áreas técnicas e com uma tipologia de oferta que nos permite adaptar às necessidades identificadas, aplicando as metodologias adequa­das a cada fase, ao objetivo do projeto e ao clienteparceiro com o qual estamos a trabalhar. As áreas de outsourcing e nearshore são as áreas com mais peso, sendo que o outsourcing representa cerca de 79% da atividade atual da agap2.

TeK: Há a expectativa de que Portugal possa afirmar-se mais neste domínio do outsourcing, numa lógica de nearshoring. Conhecem bem este mercado. Quais são os nossos pontos fortes e fracos nesta área, em comparação com outros mercados europeus?

Filipe Esteves: Essa expectativa é hoje real, ou seja, Portugal apresenta-se como um destino de nearshore com uma oferta tecnológica completa, nível de experiência e formação reconhecidos pelas empresas europeias. Adicionalmente, Portugal é reconhecido internacionalmente por fatores que ajudam a colocar o nosso país na linha da frente, fatores esses como o clima, turismo, alimentação e segurança. Os nossos grandes competidores estão na Europa de leste, sendo que desde que consigamos ser competitivos financeiramente, os restantes pontos fortes acima mencionados são muito válidos para nos manter como um dos países de referência a nível de nearshore.

TeK: A Agap2 tem 2.000 colaboradores. Quantos estão em Portugal?

Filipe Esteves: Do total de 2.700 colaboradores, dos quais 2.300 são quadros técnicos a desenvolverem atualmente a sua atividade nos vários escritórios da agap2, 315 encontram-se em Portugal.

TeK: Nos próximos meses têm planos para reforçar a equipa local? Quantas pessoas podem vir a contratar e em que áreas?

Filipe Esteves: Sim, temos planos para reforçar a nossa equipa local. O investimento no crescimento da empresa foi contínuo durante os últimos 10 anos e, cada vez mais, será necessário reforçar as nossas equipas para atingir as nossas metas. O reforço passará essencialmente pelo recrutamento de engenheiros para fortalecer a nossa equipa local e internacional, bem como a nossa equipa de Management para que possamos abordar o mercado e garantir simultaneamente a gestão de todas as nossas equipasconsultores. As áreas técnicas vão depender da orientação do mercado. Na totalidade pensamos contratar mais 100 colaboradores.