http://imgs.sapo.pt/gfx/158548.gif A recente aquisição da Navision pela Microsoft levou à criação de uma nova divisão, a Microsoft Business Solutions. Paulo Leal, director da ex-Navision Portugal, assumiu a liderança desta nova unidade de negócios em Portugal, estando actualmente a proceder à integração da Microsoft Business Solutions.



Nesta divisão são agregados os negócios da Great Plains, Microsoft bCentral que até agora estavam juntos no Microsoft Great Plains Business Solutions, mas que não detinham praticamente expressão em Portugal. Pelo contrário, a Navision, que está desde 2000 directamente em Portugal, contava já com mais de meia centena de clientes e 15 parceiros que levavam as soluções ao mercado, apostando num produto localizado para as necessidades do mercado nacional.



Na nova Microsoft Business Solutions, o principal enfoque continua a ser nas soluções de negócio, quer através nas ferramentas já desenvolvidas pelas empresas agregadas, quer futuramente na migração para a arquitectura .NET.



Para falar sobre as vantagens e desafios levantados por esta junção de negócios, o TeK colocou algumas perguntas ao country manager da nova divisão, Paulo Leal.




TeK: Com a aquisição da Navision pela Microsoft e a criação da nova unidade Microsoft Business Solutions, o negócio em Portugal é reforçado?

Paulo Leal:
Sem dúvida que ao passarmos a fazer parte da Microsoft passamos a ter uma ainda maior visibilidade, além do óbvio prestígio da marca. Além disso, poderemos contar com o apoio das forças de vendas e marketing da Microsoft o que, esperamos, se venha a traduzir num reforço do nosso negócio.



TeK: Como está a correr a junção física das empresas em Portugal?

P.L.:
As empresas vão continuar a ser independentes e a ter operações distintas. No entanto, vamos tentar racionalizar as funções administrativas e de suporte o que passa, por exemplo, pela partilha das instalações. Posso adiantar que estamos numa fase muito adiantada do processo de integração da componente operacional devido à forte relação que já existia entre as duas entidades, e ao apoio e entusiasmo em trabalhar connosco que temos encontrado nas pessoas da Microsoft Portugal.



TeK: Quais são as principais vantagens criadas para os clientes e parceiros com a nova unidade de negócios?
P.L.:
Para os clientes as principais vantagens serão a capacidade acrescida de investimento no desenvolvimento e suporte das soluções actuais e futuras; garantia de continuidade dada pela força da marca Microsoft; a mais forte integração com as soluções de back-office e com as ferramentas de produtividade da Microsoft e o acesso a tecnologia "state of the art" em primeira mão.

Os parceiros, além das vantagens acima, podem ainda beneficiar do prestígio da marca Microsoft e da sua tradição em satisfação das necessidades de cliente, e da possibilidade de alargar a sua oferta a um mais completo portfolio de soluções.



TeK: A presença da Great Plains em Portugal era muito pequena, pelo que localmente esta unidade será dominada mais pelas soluções da antiga Navision. Confirma?

P.L.:
Os produtos da antiga Great Plains não irão ter suporte futuro em Portugal. Estamos a trabalhar com os clientes que adoptaram essas soluções no sentido de poderem migrar, com vantagem e de forma a criar o mínimo impacto possível nas suas operações, para a solução Navision, caso o desejem fazer.



TeK: É nas médias e pequenas empresas que residem as maiores oportunidades de negócio no nosso país?

P.L.:
Sim. A solução Microsoft Business Solutions-Navision 3.6 endereça, sobretudo o mercado das médias empresas que representam cerca de 70% do volume produtivo em Portugal. Acreditamos que é uma enorme oportunidade de negócio, num mercado cuja oferta está muito fragmentada, e onde as empresas, na sua maioria, ainda não adoptaram soluções integradas de gestão de negócio.



TeK: Que tipo de soluções vai agora a Microsoft Business Solutions e qual é a
estratégia para levar essas soluções ao mercado?

P.L.:
A Microsoft Business Solutions vai continuar a desenvolver a solução Navision 3.60 (antigo Navision Attain) e vai manter a sua bem sucedida estratégia de mercado que passa pela manutenção de um modelo de negócios indirecto, confiando na capacidade dos seus parceiros para a prestação dos serviços profissionais.



TeK: Em relação à estratégia definida de desenvolver as soluções na framework .NET, quais as garantias dadas aos clientes Navision de continuidade das soluções?

P.L.:
A MBS está neste momento a fazer fortes investimentos em 3 grandes áreas: o desenvolvimento das actuais aplicações, que estão ainda numa fase de forte crescimento de aceitação e são muito recentes, tecnologicamente; a apresentação de aplicações envolventes (surrounding products) que, em tecnologia .NET, complementam as aplicações actuais como seja o futuro Microsoft CRM, ou o Retail Management System; e o investimento no Microsoft Business Framework que, acreditamos, será a futura plataforma de desenvolvimento de soluções de negócio, não só para a Microsoft mas também para os Independent Software Vendors (ISV's) que quiserem tirar partido dessa plataforma.


Com estes investimentos, estamos não só a proteger os investimentos actuais nos nossos clientes, como a garantir uma opção de continuidade futura.



Fátima Caçador