
Um dia antes do início da CEATEC, uma das maiores feiras de electrónica de consumo que se realiza no Japão, Hidejiro Shimomitsu, presidente da PC Company da Toshiba, respondeu a algumas perguntas de um grupo de jornalistas de países do Sul da Europa. As questões do crescimento expectável do mercado e da importância dos países emergentes, mas também do impacto do novo mini-notebook nas vendas da empresa e o Blu-ray foram alguns dos temas debatidos.
Temos ainda um problema organizacional nesses países emergentes porque a estrutura de serviços não é forte, não temos uma organização formada da mesma forma que noutras regiões e ainda demora algum tempo a criá-la...
TeK – Os mercados emergentes são também muito sensíveis ao preço. A Toshiba tem um price point acima de outros concorrentes que pode ser uma desvantagem nestas áreas...
H.S - A Toshiba está focada no mainstream de topo de gama mas para entrarmos nos mercados emergentes talvez tenhamos de ser mais agressivos nos preços para conseguirmos ganhar quota de mercado. E provavelmente é o que vamos fazer.
TeK - Não tem receio de que as vendas do mini-notebook NB100 possam canibalizar as dos portáteis mais pequenos que a Toshiba já tem, os sub-notebooks? E como podem diferenciar as vendas?
H.S. - O preço é importante, mas também a performance, porque há diferenças de CPU, memória. O aspecto pode ser semelhante mas quando usa aplicações de produtividade, como apresentações, o NB100 já não consegue ter um desempenho aceitável. Se for para ver o email, navegar na Internet ou usar algumas aplicações poderá usar o netbook, mas para aplicações mais exigentes não é suficiente.
Os mini-notebooks e sub-notebooks são segmentos diferentes. Quem procura performance não procura estes mini-notebooks. [... ] Este é o tipo de portáteis que funciona mais como segundo ou terceiro equipamento e não o computador principal.
Quanto ao impacto, esperamos que não seja negativo.[...] Prevemos uma percentagem de vendas dos mini-notebooks entre os 4 e os 5% a nível mundial e pensamos que eles devem ser usados sobretudo como segundo ou terceiro notebook nos mercados maduros, pela conveniência e mobilidade, ou aplicados na área empresarial ou na educação.
TeK – Parece-lhe que a estratégia de não introduzir o Blu-ray nos produtos da Toshiba é a correcta, sobretudo quando está a apostar na Alta-definição?
H. S. – Vamos a continuar a estudar o mercado. Não temos qualquer plano agora para introduzir o Blu-ray e vamos continuar a focar-nos nas tecnologias de alta definição, com os procesadores Quad core, o uperscalling, e a colaboração com os operadores para descarregar conteúdos de alta definição. Esta é a nossa estratégia a longo prazo.
Fátima Caçador
* A jornalista está em Tóquio a convite da Toshiba
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