A software-house para a área jurídica Jurinfor realizou recentemente uma parceria com as Nações Unidas para a utilização de informação que consta da base de dados AngoLegal.

O acordo foi estabelecido entre o Legal Office of the Food and Agriculture Organization das Nações Unidas, que mantém a base de dados da FAO que congrega a legislação de diversos países respeitante a alimentação e agricultura e a Jurinfor/SoftAngola que através do AngoLegal materializa uma base de dados com legislação angolana actualizada e com novidades nas áreas de interesse para a FAO.

O TeK falou com Nuno Mendonça, CEO da Jurinfor, sobre a importância do negócio para a actividade daquela empresa.

[caption]Nuno Mendonça[/caption]

TeK: Quanto tempo demorou o processo de negociação com as Nações Unidas?

Nuno Mendonça:
O processo foi bastante rápido e consistiu numa aproximação directa à Jurinfor por parte do Legal Office da FAO (Food and Agriculture Organization) das Nações Unidas que é a entidade responsável pela compilação da legislação relevante de diversos países para a sua actividade.

TeK: Quais as clausulas do acordo? O que está previsto?

N.M.:
O acordo consiste na disponibilização em tempo útil da informação relevante para a FAO relativamente a legislação angolana, tanto da que já está disponível na base de dados como de informação bastante mais antiga que possa vir a ser necessária ao Legal Office e que ainda não esteja disponível. A contrapartida da FAOLEX em usar/transcrever os conteúdos da base da base de dados de legislação contida em www.angolegal.com é a de mencionar explicitamente a fonte da informação com um link para o AngoLegal.
O acordo é válido para um ano, renovável por iguais períodos.

TeK: O que representa para a Jurinfor?

N.M.:
Para a Jurinfor representa o reconhecimento, por parte de uma organização mundial como as Nações Unidas, do interesse da informação disponibilizada no AngoLegal e também da capacidade de acompanhamento e actualização dessa informação por parte da equipa jurídica da Jurinfor em Lisboa e da SoftAngola em Luanda. Os benefícios que retiramos, para além de termos o Legal Office da FAO como nosso cliente e do prestígio que consideramos que lhe é inerente, estão também relacionados com a divulgação do brand www.angolegal.com nas páginas da FAOLEX associado à informação disponibilizada.

TeK: Que análise faz da evolução da actividade da Jurinfor em Angola? E em Moçambique, como está a correr?

N.M.:
A evolução da actividade em Angola está a sofrer um aumento muito significativo, que nos deixa bastante entusiasmados, e que se reflecte num constante aumento de assinantes para a base de dados AngoLegal de áreas tão distintas como a legal (sociedades de advogados), a financeira, a de consultoria e a de muitas empresas internacionais que já estão em Angola ou que estão a pensar entrar naquele mercado.

A disponibilização da base de notícias jurídicas em formato bilingue - português e inglês (com tradução especializada) - tem também sido um forte incentivo à chegada de assinantes que não se expressam exclusivamente em português.

Também na área de gestão de escritórios de advogados o JuriGest Angola está na fase de Release Candidate numa sociedade de advogados em Luanda para se apresentar ao mercado angolano muito brevemente.
A entrada em Moçambique está em fase de preparação e pode ocorrer já durante o primeiro trimestre de 2009.

TeK: Está previsto para o curto/médio prazo o alargamento do negócio da Jurinfor a mais algum mercado estrangeiro?

N.M.:
Estão a ser efectuados contactos com o Brasil através de parceiros locais para a disponibilização do JuriGest.