Por Vitor Knijnik (*)
O título deste artigo não é só um truque para captar o interesse do leitor, a expressão “Siliconwood” é relativamente nova, causa uma certa estranheza, mas por trás dela há uma prática. Noutras palavras, o conceito prevê que não se produz mais conteúdo, especialmente o dedicado às redes sociais sem a união de dois universos distintos: Hollywoods que compõem uma produção e que não são mensuráveis por números: o roteiro, os influenciadores e creators, a fotografia, a edição, a temática, a estratégia de divulgação. São os aspetos subjetivos. e Silicon Valley.
Vejamos isso mais detalhadamente. Por Hollywood entendemos aqui todos os elementos que compõem uma produção e que não são mensuráveis por números: o roteiro, os influenciadores e creators, a fotografia, a edição, a temática, a estratégia de divulgação. São os aspetos subjetivos.
Por Silicon (valley) podemos traduzir aqui como toda a imensa gama de dados disponíveis para orientar uma produção: watchtime, views, inscritos, comentários, retenção, demográficos, taxa de influência, taxa de relevância, overlap de audiência e muitos outros índices que podem variar a cada plataforma adotada para os apurar.
E o “Siliconwood” o que será? Como se misturam esses dois universos? É aí que a coisa fica interessante, pois modifica a maneira como o audiovisual tem vindo a ser feito desde sempre. Um pequeno exemplo: com os dados disponíveis, é possível saber quais são os vídeos de beauty que causam mais engagement dos últimos 7 dias em Portugal. Com esta lista na mão, é possível
verificar padrões nos vídeos de maior performance:
- Se a maioria dos vídeos têm Thumbs (a capa do vídeo, onde se clica) com pessoas sorridentes;
- Se os títulos têm algumas palavras ou formas recorrentes e se o tema da maioria deles coincide e
- Se a duração média deles têm mais de x minutos.
Há uma infinidade de dados para estudar. Tudo isso gera uma profusão de insights para a criação e produção do conteúdo. Além de diretrizes que colocarão o vídeo com maiores chances de ter melhor sucesso. Mas se simplesmente fizermos só o que os dados recomendam, estaríamos só a ser “Silicon”, mas não “Hollywood”. Até porque os dados não geram uma fórmula infalível e nem
garantem resultados. Como disse uma vez Gilberto Gil, "o povo sabe o que quer, mas também quer o que não sabe".
O “Siliconwood” é justamente a combinação da intuição e da experiência com a leitura de dados. Na Snack Content estamos há 9 anos a aperfeiçoar uma metodologia para produzir conteúdo e desenvolver audiência para as marcas nas redes sociais. Algo que batizamos de CBI - Community Builder Intelligence. É uma metodologia viva, pois novos dados não param de surgir, bem como as boas práticas de cada plataforma se alteram a cada mudança no algoritmo.
Acabaram-se os dias em que as decisões eram tomadas só no feeling. Mas isso não quer dizer que o valor da subjetividade perdeu o seu espaço. Pelo contrário: a Era do “Siliconwood” veio para dar mais ferramentas para o talento se expressar. A beleza de tudo isso é que a inteligência de dados permitirá que mais marcas possam desenvolver as suas plataformas de conteúdo com segurança e resultados planeados. E assim poderão praticar a mais efetiva das estratégias de marketing: a conversa constante com os consumidores.
(*) co-CEO & Partner da Snack Content, data driven content studio da B&Partners
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