Por Marta Fernandez e Rafael Nascimento (*)

A partir do momento em que conduzir se tornou mais do que ir de um ponto para outro, também a vivência dentro dos nossos carros se alterou profundamente. É expectável que a experiência de condutores e passageiros seja, cada vez mais, diferenciada e singular. Mas desengane-se quem acha que desenhar a experiência para a mobilidade do futuro passa apenas pelos conhecimentos técnicos mais atuais.

A busca constante pela inovação e pela disrupção é o fator que maior diferença faz na geração de carros que se está a desenhar, para a qual competências interpessoais específicas desempenham um papel fulcral. Enquanto a tecnologia permite trazer para a realidade as visões das equipas, a criação de vivências únicas exige soft skills muitos especiais: e é na comunicação que reside o busílis da questão.

A crescente exigência por parte de condutores e passageiros ao que esperam dos seus carros eleva também a fasquia e a complexidade das soluções criadas. Assim, há cada vez mais especialistas envolvidos nos projetos e todo o design da user experience, dentro e fora dos veículos, lançando desafios acrescidos à comunicação entre todos os stakeholders.

Neste cenário, é fundamental saber colocar questões, interpretar os inputs que chegam e promover um trabalho em equipa ágil e bem coordenado. Ir além do óbvio e conseguir entender outros pontos de vista revela-se essencial para propor ideias disruptivas, enquanto saber “negociar” e esclarecer sugestões e transmitir a mensagem de forma clara reforça a exploração de novos caminhos.

Face à constante transformação tecnológica, ser resiliente é fulcral para continuar a criar experiências de mobilidade únicas. Além da curiosidade e sede de aprendizagem constantes, o trabalho em equipa deve ser a bússola orientadora para desenhar a experiência nos carros do futuro. Cada especialista tem um background e um conhecimento específico que, em conjunto, vem abrir oportunidade à inovação. Todos os colaboradores contribuem para o mesmo objetivo e é importante saber comunicar com a equipa, fomentar um ambiente enriquecedor e valorizar cada input.

Embora estas soft skills sejam inatas a alguns profissionais, é imprescindível continuar a investir no seu desenvolvimento de forma contínua, potenciando a sua adaptação aos contextos vividos. Da mesma forma, é possível que os colaboradores para quem a comunicação é um desafio conquistem os melhores resultados - aprender e aprofundar competências interpessoais deve estar no topo das prioridades em todas as equipas.

Competências técnicas há muitas e são necessárias nesta busca pela novidade mais “fresca” na mobilidade, onde a exigência dos utilizadores e a criação disruptiva andam a par e passo. Mas, no fim, são as competências interpessoais, de comunicação e colaboração que maior diferença fazem na inovação da experiência do utilizador.

(*) Digital Product Designers na Critical TechWorks

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