Por Miguel Garcia (*)
Com cada vez maior evidência, o mercado tecnológico tem assistido a um dinamismo alucinante, traduzido em constantes entradas e saídas de players, lançamentos e recuos, sucessos e fracassos, principalmente em empresas que são o próprio produto.
Detetar o momento certo para desenvolver e lançar novos produtos e soluções é fundamental para a sobrevivência e sucesso no mercado. Tudo terá uma fase de criação, de crescimento, de maturidade e, por fim, de declínio, e a duração destas fases só se conseguirá determinar avaliando regularmente o contexto. Avaliar o estado do produto, mas também os avanços tecnológicos, é fundamental para gerir o seu tempo de vida.
As empresas que conseguirem analisar melhor estas questões estarão, com certeza, um passo à frente num cenário que é de grande competitividade. Tomar, portanto, decisões conscientes, sem “lançamentos de cabeça”, é muito importante para as tecnológicas.
Algumas ferramentas permitem fornecer uma perspetiva imparcial do contexto tecnológico, identificar tendências técnicas e reconhecer tecnologias que precisam de ser eliminadas ou de tempo para amadurecer. Assim, é possível perceber que práticas e tecnologias de ponta se devem manter ou adotar; consegue-se aceder a tecnologia promissora e à qual vale a pena prestar atenção; assim como “deixar cair” tecnologias e práticas que já estão ultrapassadas, que não têm apoio da comunidade, ou que simplesmente não estão maduras o suficiente ou não atingiram todo o seu potencial.
Na XING, por exemplo, utilizamos o “Tech Radar” como forma crítica de olhar para o mercado e para o posicionamento tecnológico da empresa, mas todas as ferramentas que possam ajudar uma organização a manter-se na vanguarda tecnológica, sem correr riscos desnecessários, são muito importantes.
Para além da definição de métodos e técnicas, é fundamental envolver toda a equipa nestas estratégias, de modo a que todos estejam comprometidos com a projeção do horizonte tecnológico da empresa, participando no processo de avaliação e definição das ferramentas e formas de trabalhar.
Há várias vantagens associadas à implementação destes processos. Uma delas passa pela capacidade de gerir a tecnologia de uma forma muito mais estruturada, proativa e metódica. Obter uma perspetiva crítica e imparcial do mercado externo e manter a tecnologia e os métodos de trabalho atualizados são outros dos benefícios.
Não posso deixar também de referir o papel principal que a tecnologia tem ganho na atração e retenção de talento. Cada vez mais, vivemos uma “guerra” pelo talento – especialmente no setor das Tecnologias de Informação –, em que as empresas se tornam tão mais atrativas quanto mais atrativas forem as suas ferramentas de trabalho. Os profissionais desmotivam-se ao trabalhar em tecnologias obsoletas, assim como se desgastam a trabalhar em locais onde todas as semanas a tecnologia mude. Querem estabilidade, mas inovação. Se uma empresa quer ter os melhores na equipa, tem de trabalhar nas melhores tecnologias, e as ferramentas de avaliação do contexto tecnológico são fundamentais para esta estruturação e para não perder valor face à concorrência.
No fim de tudo, garantidamente serão tomadas decisões mais sábias - sem precipitações e sem “perder o comboio” - e poder-se-á corresponder à expectativa dos profissionais de alto nível, que se sentirão atraídos pela possibilidade de trabalhar em empresas que privilegiam – e sempre privilegiarão - tecnologia de ponta.
(*) General Manager da XING Portugal
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