Por Carlos Cunha (*)
Um dos muitos desafios colocados pela pandemia coronavírus prende-se com a obrigatoriedade que impôs a grande parte dos trabalhadores de aceder a informação corporativa sensível longe do escritório, de modo a evitar aglomerados de pessoas num mesmo espaço físico. Um estudo recente da Gartner revela justamente que 88% das organizações têm encorajado ou exigido aos seus trabalhadores o trabalho remoto. Ora, novas circunstâncias ditam novas necessidades, pelo que hoje, mais do que nunca, exigem-se dispositivos robustos que combinem materiais resistentes e que vão ao encontro dos mais altos padrões de segurança e qualidade, necessários a qualquer ambiente empresarial.
Num mundo em constante mutação, é cada vez mais urgente que as marcas se ajustem eficazmente às necessidades e expectativas impostas pelo mercado e pelas pessoas. Tal significa investir em dispositivos e materiais que garantam as menores taxas de falha possíveis. Atualmente, destacam-se os chassis feitos de magnésio, pelas claras vantagens que oferecem em comparação com outros materiais de construção. O metal alcalino-terroso para além de ser 40% mais leve do que os materiais seus equivalentes, como o alumínio ou o plástico, oferece ainda um fator ergonómico de mobilidade e durabilidade.
Para além do chassis, todas as outras componentes de um portátil têm obrigatoriamente de se enquadrar com as exigências de um utilizador empresarial. Por outras componentes entendem-se as peças sujeitas a um maior desgaste ao longo do tempo, como as dobradiças, teclados, o ecrã e, até, a bateria. A robustez de todos estes elementos deve ser devidamente testada, por meio de procedimentos exigentes que submetam os portáteis a testes vários, cobrindo os diferentes cenários que possam eventualmente colocar em risco o bom funcionamento dos dispositivos (testes de gotas, poeira, temperatura, entre outros). O chamado H.A.L.T (Highly Accelerated Life Testing) é talvez o procedimento mais eficaz neste âmbito, uma vez que garante a durabilidade e a vida útil das unidades, ao simular um ambiente de 3 anos.
Estes são os métodos que, ao fim do dia, distinguem uma marca das demais e os únicos através dos quais é possível garantir padrões de alta qualidade, reconhecidos, contínuos e capazes de assegurar a fiabilidade que fideliza clientes e que realmente faz a diferença.
Assim, o investimento em processos de testagem e produção fiáveis e de elevada exigência é, na verdade, o passo crucial à construção de uma marca na qual as pessoas e os negócios confiem a sua informação corporativa, agora especialmente ameaçada, dada a mobilidade imposta pelas novas circunstâncias de trabalho que caracterizam a pandemia, propícia ao emergir dos ciberataques.
É necessário que os profissionais das TI tenham presente, no momento de definir orçamentos, que os negócios precisam cada vez mais de investir em dispositivos seguros, móveis, poderosos e perfeitamente ajustados ao teletrabalho. As empresas devem procurar manter-se na vanguarda da inovação eletrónica, de forma a acompanhar a tendência acelerada dos mercados, cada vez mais dependentes de tecnologia robusta, segura e, acima de tudo, eficaz.
(*) Diretor Comercial da Dynabook Portugal
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