Por Paulo Rodrigues (*)
A decisão está tomada, a sua organização vai expandir-se. Será necessário garantir e assegurar maior agilidade, para além de encontrar as pessoas certas para o efeito (e não tem, obrigatoriamente, de recrutá-las fora da estrutura). O sucesso faz-se também por via de um conhecimento mais a fundo todas as mecânicas e diretrizes por que se rege a nova variável de negócio, sobretudo com foco na vertente de distribuição tecnológica. A capacidade de antecipar tendências é igualmente estratégica. Está preparado? Vamos, pois, a isso.
A abertura de novas áreas de negócio é sempre uma decisão sensível para qualquer organização. Este é período, decerto empolgante e cheio de oportunidades, mas também repleto de desafios. Importa saber reagir e responder a uma miríade de pequenos fatores que, no seu conjunto e devidamente aplicados, podem significar uma transição bem-sucedida.
Em primeiro lugar, é fundamental que os decisores empresariais estejam seguros da capacidade de resposta interna, que exige uma maior agilidade na interação entre todos. Ao expandir as operações, são muitas as matérias a considerar, que pedem aos gestores reação imediata e foco.
Garantindo a agilidade organizativa sobretudo em áreas como a distribuição tecnológica, novo tema se levanta, agora, na ótica dos Recursos Humanos. É necessário recrutar? Ou a solução está no interior da organização? Procurar ao nível da distribuição de cariz mais tecnológica? Ou assumir uma procura mais abrangente?
Caso se prefira utilizar a matéria-prima que se encontra dentro de portas, há que assegurar uma transição de mindset o mais suave e pacífica possível. Para que não se criem entropias junto de novos ou potenciais clientes e parceiros, deve-se, por exemplo, capacitar os colaboradores das necessidades identificadas. Desde logo, através de soluções formativas, ao nível do upskilling e reskilling, tendências reconhecidas, com grande impacto nestes processos.
Agora, se a solução for externa, identifique-se, atraia-se e integrem-se as pessoas mais adequadas para as funções em causa. Estas, inevitavelmente, trazem valências e um perfil diferenciador. Por tudo isto, um recrutamento devidamente ciente dos perfis a procurar é meio caminho andado para o sucesso.
Agora, que a equipa está definida, é hora de enfrentar a maior quantidade e diversidade de clientes. Com a expansão ou crescimento da estrutura, é perfeitamente natural que a base de clientes aumente e se torne mais heterogénea. Dessa forma, surgem novos reptos, pois ao atingir novas áreas, tal significa necessidades e expetativas específicas. Responder, e responder bem, eis o mote que se levanta a qualquer decisor empresarial, para assim limitar os riscos de mal-entendidos ou quebras no rendimento habitualmente apresentado.
Para que toda esta fórmula faça sentido, solidifica-se o Business Intelligence. Ou seja, perante o aumento da complexidade da organização e dos canais de comunicação, importa compreender mais a fundo os meandros da distribuição tecnológica, sendo este altamente inovador e em constante mudança. Qualquer expansão corre o risco de falhar, caso não se saiba lidar com as idiossincrasias que caracterizam qualquer negócio. A presença de consultores e especialistas com profundo conhecimento setorial é vital. Saber antecipar tendências, conhecer este mercado, prever as suas movimentações, aconselhar quanto à tomada das melhores decisões – todos estes são aspetos cujo domínio é imperativo.
Os responsáveis empresariais deparam-se, ainda, com outros desafios: procurar e captar oportunidades, perante uma concorrência feroz e global. Ao lançar novas áreas de negócio, é requisito prioritário implementar uma estrutura capaz de assumir uma visão alargadas, que vise alcançar novos projetos. Isso envolve pesquisar diferentes parceiros, produtos ou serviços. A resiliência e proatividade são virtudes a explorar, bem como a constante análise e avaliação da envolvente.
Acima de tudo, a este nível, urge revelar as competências adequadas, comprovar conhecimento e capacidade de colocar mãos-à-obra. Implica uma preparação prévia e confiança na equipa. E para aglutinar todas as exigências acima expressas, é fulcral ter as ferramentas adequadas para a adoção uma estratégia de efetivo crescimento. Em suma, requer adequar as estruturas à cabal implementação e execução do plano de expansão para todos os que atuam como facilitador do ecossistema tecnológico com um profundo apelo à sustentabilidade social e ambiental.
(*) Head of V-Valley Portugal
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