A extensão da plataforma de localização e escolha de restaurantes à cidade do Porto foi considerada um passo natural para a Zomato que tem planos para continuar a desenvolver o seu serviço e alarga-lo a outras cidades portuguesas.

Em entrevista ao TeK, Miguel Ribeiro, country manager da Zomato em Portugal, fala das particularidades do mercado e dos objetivos que foram traçados

[caption]Miguel Ribeiro[/caption] TeK: Um ano depois do lançamento em Lisboa, que balanço faz da Zomato em Portugal?
Miguel Ribeiro:
Portugal tem sido uma verdadeira surpresa para a Zomato. O crescimento foi muito acima do esperado inicialmente - confirmámos que, efetivamente, a comida e os momentos à volta da mesa têm muita importância para os portugueses. Com a Zomato, a partilha desses momentos tornou-se ainda mais fácil.
No início, esperávamos atingir meio milhão de visitas por mês no espaço de um ano. O facto é que, após esse mesmo ano, atingimos 1,3 milhões de visitas por mês. A equipa, que inicialmente era de 12 pessoas, cresceu rapidamente para 40.Com este sucesso, tornou-se cada vez mais premente a vontade e o sentido de expandir para outras cidades.

TeK: Quais são os factores que justificam este crescimento tão rápido?
Miguel Ribeiro:
No início, dedicámos algum tempo a escolher as pessoas certas para lançar operações no país, sendo a equipa um dos fatores que mais contribuiu para este sucesso tão rápido. Por outro lado, a paixão dos portugueses pela comida e partilha dos momentos, juntamente com a fácil adesão às novas tecnologias, tornaram rapidamente a Zomato uma plataforma de referência na pesquisa de restaurantes e partilha de experiências.

TeK: A operação em Portugal tem sido considerada um exemplo a nível internacional. Que caminhos se abrem a partir daqui?
Miguel Ribeiro:
Portugal tem tido uma grande influência na adaptação da Zomato aos mercados ocidentais, sendo que aqui testamos algumas funcionalidades para as adaptar e levar para outros países da Europa e América.
Em Portugal encontramos pessoas com perfil adequado para um produto como o nosso, que têm ajudado no lançamento de novos mercados. Mais oportunidades vão surgir, mas só o futuro o dirá.

TeK: Em relação ao modelo de negócio da Zomato, já vimos que os utilizadores aderem, mas o negócio passa também pela adesão dos comerciantes à vossa plataforma para obterem serviços adicionais, como tem sido a reação dos restaurantes portugueses?
Miguel Ribeiro:
A informação que disponibilizamos na Zomato sobre os restaurantes (páginas de perfil, com informações, fotos e menus) não tem qualquer custo associado. No entanto, para os restaurantes que querem ter uma visibilidade extra, damos destaque nas pesquisas - através dos banners, devidamente identificados.
Desde o lançamento da Zomato em Portugal que os responsáveis dos restaurantes têm vindo a perceber o valor e importância da presença online de forma segmentada. Quem vem à Zomato vem com fome e no momento em que vai tomar uma decisão de onde comer ou beber, sendo que nos tornamos uma ponte entre o restaurante e os potenciais clientes.

TeK: E quais são os vossos objetivos nesta área?
Miguel Ribeiro:
O nosso maior objetivo é ser a plataforma top-of-mind dos responsáveis dos restaurantes, que cada vez mais reconhecem o valor da presença e interação online. Na Zomato conseguem ter uma noção do impacto real da plataforma no seu negócio, de forma gratuita.

TeK: Para além da divulgação dos restaurantes a Zomato quer também ocupar o seu espaço na área das reservas, encomendas online e pagamentos. Para quando haverá novidades nesta área?
Miguel Ribeiro:
Teremos novidades daqui a 3 meses (final do verão).

Fátima Caçador