http://imgs.sapo.pt/gfx/80989.gifO maior desafio da Lucent Technologies é a divulgação e angariação de clientes em redor dos dois maiores segmentos: soluções de redes integradas e soluções de mobilidade.


Nesta perspectiva organizam-se os maiores fornecedores de serviços na área das telecomunicações e é nesse segmento de mercado que Hari Haran, vice-presidente e Chief Tecnology Officer (CETOF) da Lucent Technologies para a Europa, Médio Oriente e África, acredita que a empresa tem de apostar. Esta renovação de estratégia, assenta em planos de profunda reestruturação de investigação e desenvolvimento, nos investimentos em marketing e vendas e, principalmente, no fornecimento dos serviços que mais se aproximem do seu mercado-alvo: as maiores empresas de telecomunicações em todo o mundo.

TeK: Qual é a próxima geração de redes? E de que modo a Lucent está envolvida no seu desenvolvimento?

Hari Haran: A próxima geração de redes, na minha opinião está dividida em três categorias: a primeira a rede IP (Internet Protocol) totalmente óptica é certamente a direcção da próxima geração; a segunda refere-se a tudo aquilo que tenha a ver com a rede UMTS (a mobilidade na Internet), a terceira e a mais importante, é o aparecimento de novas redes que permitem serviços IP de modo que o operador realmente ganhe dinheiro, em pouco tempo. Esta última opção significa o uso de comutadores IP, a criação de Virtual Private Networks - VPN (redes virtuais privadas que possibilitam acessos remotos wireless ou não, a preços reduzidos) e redes sujeitas à gestão de subscrição. Mas serão certamente estas as referências, a curto prazo, para a Lucent technologies.

TeK: O que é que é necessário para tornar realidade uma rede totalmente óptica?

H.H:
Gostava de dizer que era a Lucent. Bem, penso que a rede óptica é actualmente uma realidade. Está lá! O problema é que ainda temos uma grande quantidade de equipamento ultrapassado que as pessoas não querem deitar fora, porque funciona. Assim, em primeiro lugar, a rede óptica como nós a idealizamos, deverá integrar o equipamento ultrapassado que já lá se encontra. Mas para que uma rede óptica seja realmente funcional e eficaz deverá ter comunicação com a rede IP, que também deve ser óptica.

Uma vez chegados à normalização das redes ópticas, que deverá acontecer daqui a um ano, certamente que as redes ópticas predominarão (apenas estão a ser usados 2,75 por cento em termos de canais de fibra óptica nos últimos três anos). Esta empresa fabrica sistemas de rede inteligentes, que rapidamente produzem valor e lucros, junto dos fornecedores de serviços de telecomunicações, mas dando a maior importância aos interesses do consumidor.

TeK: Quais as relações da Lucent technologies com os seus concorrentes, nesta época tão conturbada? O que se passa em Portugal?

H.H: Tenho muito respeito pelos nossos concorrentes, como a Alcatel e a Siemens, que também têm um historial de clientes muito bom na região. Mas a grande diferença é que a Lucent é a única empresa cujo principal objectivo e prioridade é equipar os maiores fornecedor de serviços com as melhores soluções, o que não acontece com a concorrência que se encontra dispersa por muitas áreas de negócio.

Quanto a Portugal temos aqui uma excelente equipa, as pessoas certas para demonstrar as potencialidades das nossas soluções, para provar a performance das nossa redes que trazem valor substancial aos fornecedores de serviços e que lhe irão trazer muitos lucros e êxito. Para além disso, temos o compromisso de aumentar a quota de mercado, em Portugal, como em outros países.

TeK: Conhece o sistema digital de televisão terrestre em Portugal? O que pensa disso?

H.H:
Só vou responder com base naquilo que sei, pois inclusivamente estamos em conversações com um empresa que está a participar no projecto de rede digital e parece-me bem. Tem uma arquitectura fantástica, combinando diversos aspectos da tecnologia vídeo digital e possivelmente irá basear-se numa rede de última geração.

TeK: Os maus resultados do sector das tecnologias, contribuiu para o fracasso nas negociações da Lucent Technologies com a Alcatel France?

H.H:
Realmente tivemos conversações com a Alcatel France, isso até foi noticiado, mas já não estão a decorrer. Resolvemos mutuamente terminar a discussão e não lhe chamaria fracasso, pois tudo se baseou na conversação entre dois parceiros de negócio que tentaram encontrar um caminho para se unirem no campo da tecnologia. Chegou-se à conclusão que era melhor ir cada um para seu lado.

A Lucent está a reestruturar-se internamente e a direccionar a sua estratégia em torno de dois grandes segmentos: as soluções móveis e as soluções integradas de rede. Este tipo de posicionamento vai de encontro às opções de negócio dos maiores fornecedores de telecomunicações que pretendem redes de dados, ópticas e móveis, bem como serviços inteligentes (que vão para além das plataformas físicas de disponibilização da informação) e software desenhado para lhes proporcionar melhor gestão de redes, gerar receitas, valor e a curto prazo conquistar mais e mais clientes que possam pagar pelos serviços. Logo, estou bastante optimista em relação ao desempenho da Lucent a partir deste trimestre e até ao final de 2002.

Dulce Mourato

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