http://imgs.sapo.pt/gfx/166429.gif J.D. Edwards, empresa fornecedora de soluções para uma economia ligada em rede, e a IBM apresentaram recentemente ao mercado português uma solução conjunta de gestão de eBusiness que inclui software, hardware, serviços de implementação e de manutenção.

O TeK aproveitou para falar mais pormenorizadamente sobre o novo produto com a directora de canal e desenvolvimento de negócio da J.D. Edwards Espanha e Portugal, Caridad Méndez, que afirmou que este foi mais um passo na direcção do estabelecimento directo da sua empresa no mercado português.



TeK: No que consiste esta nova solução conjunta da J.D. Edwards com a IBM?

Caridad Méndez: É uma solução integrada, aberta, escalável e rápida implementação que integra hardware e software, nomeadamente bases de dados e soluções de gestão empresarial como gestão financeira, CRM, gestão da cadeia de aprovisionamento e de distribuição. Esta nossa solução de gestão tem como núcleo um ERP, que corre nas plataformas mais conhecidas do mercado como a Intel, Unix e a AS-400.

As empresas que optarem por esta solução poderão disponibilizar aos seus clientes e fornecedores, o acesso às suas soluções de gestão através de um navegador Web e a partir de múltiplos dispositivos, sejam PCs, portáteis ou PDAs. Desta forma agilizam-se os processos de negócio ao mesmo tempo que se estabelece um maior controlo sobre estes e se reduzem os custos. Como o acesso à mesma é efectuado através da Internet, os seus custos de implementação e de propriedade para o cliente são menores.



TeK: Mas estamos a falar de investimentos de que ordem?

C.M.: A solução será comercializada em sistema de leasing por cinco anos, a um custo médio de 5.000 euros por mês. Isto numa solução base onde se inclui software, hardware, serviços de implementação standard e de manutenção. Está igualmente previsto o financiamento a todas as áreas da solução pela IBM Global Financing.



TeK: Isso quer dizer que dirigem o vosso produto para um mercado alvo constituído por empresas de maior dimensão?

C.M.: Sim. A solução destina-se principalmente a empresas com mais de 20 postos de trabalho activos cujo volume de negócios se situe acima dos 20 milhões de euros por ano. Digamos médias a grandes empresas.

Além disso, estamos a apostar mais em determinados sectores o que nos reduz o mercado alvo em Portugal para cerca de 1.000 empresas.



TeK: Quais são esses sectores?

C.M.: Consumo, distribuição, indústria, serviços, financeiro, arquitectura e engenharia, construção e imobiliário, para cada um dos quais a solução contempla aplicações verticais desenhadas para responder às suas necessidades.



TeK: Dentro dos sectores nacionais que apontou, quais julga serem aqueles onde a solução poderá ter mais sucesso?

C.M.: Provavelmente junto das empresas ligadas à área do consumo, da construção e da distribuição. O sector financeiro também é importante. Estes poderão ser os mais significativos, porque são mercados que em Portugal se definem como de crescimento.



TeK: E entre os vários módulos que disponibilizam, também prevê maior sucesso para algum? Há mais procura por algum deles?

C.M.: Penso que as empresas em Portugal ainda têm de resolver o seu sistema transaccional, antes de abordar uma solução de CRM ou abordar uma solução da gestão da cadeia de distribuição. Mas, os módulos são peças intercambiáveis, podem ser combinados uns com os outros - é uma das vantagens da solução.



TeK: Embora apresentada agora em Portugal esta solução conjunta com a IBM já está disponível em outros países como os EUA e a Espanha. Qual o tipo de feedback obtido nestes mercados?

C.M.: São mercados muito diferentes, inclusive não têm o mesmo grau de maturidade. Felizmente, no mercado português creio que ainda existem muitas oportunidades para introduzir este tipo de soluções. Em mercados mais maduros, como o espanhol - não menciono o norte-americano porque é absolutamente distinto - preparam-se outro tipo de soluções. Quando o mercado se relançar no próximo ano, a aposta será para o CRM ou para os serviços de gestão de compras. Aqui, todavia, há mercado para a área transaccional. Penso que a nossa solução vai ter muito sucesso em Portugal.



TeK: Quantas empresas esperam ter como clientes?

C.M.: No tal mercado potencial de 1.000, penso que seria razoável angariar 15 clientes durante os próximos três meses, visto que ainda estamos essencialmente numa fase de lançamento e promoção do produto.



TeK: Não se justificaria já a abertura de escritórios da J.D. Edwards em Portugal?

C.M.:
Digamos que isso é uma decisão cada vez mais eminente. Este foi mais um passo na direcção do estabelecimento directo da empresa.



Patrícia Calé