A Internet deve continuar "neutra e aberta", em risco de perder a sua essência. Este foi o aviso deixado recentemente, numa conferência promovida pelo Portugal Chapter da Internet Society, onde se defendeu que neste momento tal só é possível assegurar se for feita legislação nesse sentido.

A questão tem sido amplamente debatida a nível mundial, com o Chile a liderar o grupo de países que asseguram legalmente um igual tratamento do tráfego nas redes, com a aprovação de uma lei em julho de 2010.

Na Europa, a Holanda já tem legislação no mesmo sentido e em Portugal o Partido Comunista Português apresentou, no início do mês, um projeto de Lei que prevê a alteração da atual legislação das telecomunicações para introduzir o princípio da neutralidade da rede nas comunicações eletrónicas.

Duas semanas depois era a vez dos ministros das telecomunicações da UE aconselharem Bruxelas a avaliar a necessidade de implementar medidas que assegurem a neutralidade da Internet no espaço europeu.

Perante a temática, pedimos aos leitores do TeK para expressarem a sua opinião relativamente à necessidade, ou não, de garantir a neutralidade da rede com recurso à legislação.

Para 37% dos 621 participantes, essa será a única forma de assegurar tal princípio, enquanto 33% discordam, por considerarem que, ao legislar, podemos estar a condicionar a evolução da Internet.



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"A Internet é um meio livre por si só, funcionando bem com as regras de mercado" foi a ideia defendida por 23% dos "votantes". Seis por cento concordam com a necessidade de legislar, mas acham que devem ser garantidas prioridades para determinado tipo de tráfego.

O TeK já tem uma nova votação online, e desta vez vamos querer saber qual o gadget que os nossos leitores mais gostariam de "desembrulhar" na noite de 24 para 25 de dezembro.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico